Eu não fiz o exercício (EC)
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Eu não fiz o exercício. E não foi por não saber sobre o tema – “vacatio legis” -, até porque a proposta não era para escrever um texto jurídico, no que significa o tempo de espera entre a publicação da lei nova e a sua vigência. Também não foi por falta de inspiração, embora esta não venha facilmente. Não. Não fiz o exercício porque era o que eu queria ter feito quando aluna e, sempre aplicada e exigente comigo, não me permiti.
Naquele tempo se chamava “gazetar” aula ou matar aula quando se faltava sem motivo justificado. Os temas para casa eram sempre exigidos e eu fazia com gosto, especialmente os cartazes, os que tinham colagem ou redações. Outros eram marcados para se fazer em equipe, coisa que eu não gostava muito. Não havia televisão em casa, pois o orçamento não permitia. Hoje creio ter sido uma bênção pela paixão desenvolvida pelos livros. Também não desenvolvi o gosto pela programação da televisão, mas confesso ser fã de filmes.
Já que me decidira a não fazer o exercício, liguei o DVD para assistir “Nosso amor de ontem”, uma história que inicia em 1937, em que estudantes idealistas, encabeçados pela personagem Katie (Barbra Streisand), protestavam contra a guerra. O outro do par romântico é Hubbel (Robert Redford). A música “Memory”, da própria Barbra, é divina. A sinopse se encontra facilmente na internet.
O que me chamou atenção nas duas vezes que vi o filme foi o idealismo que havia naquele tempo e que se estendeu até há poucos anos. Muitos movimentos cívicos ocorriam por conta dos estudantes e se expandiam para a população. Observei ao longo do anos que as normas vem a seguir dos costumes e sempre por eles se renovam e aperfeiçoam. A previsão escrita delas, independentemente da “vacatio legis”, precisa de seu próprio tempo para se inserir na consciência de um povo e de fato produzir efeitos. Outras, que não precisam de papel, são validadas em comunidades menores. A vida em pequenas comunidades era o que acontecia no início das organizações dos povos e talvez seja o que necessitamos para melhor convivermos.
Foi assim que ocupei o espaço do Exercício Criativo com este texto sem muito nexo, sem nenhuma criatividade e com um tanto de saudosismo.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Vacatio Legis.
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/vacatio.htm
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Eu não fiz o exercício. E não foi por não saber sobre o tema – “vacatio legis” -, até porque a proposta não era para escrever um texto jurídico, no que significa o tempo de espera entre a publicação da lei nova e a sua vigência. Também não foi por falta de inspiração, embora esta não venha facilmente. Não. Não fiz o exercício porque era o que eu queria ter feito quando aluna e, sempre aplicada e exigente comigo, não me permiti.
Naquele tempo se chamava “gazetar” aula ou matar aula quando se faltava sem motivo justificado. Os temas para casa eram sempre exigidos e eu fazia com gosto, especialmente os cartazes, os que tinham colagem ou redações. Outros eram marcados para se fazer em equipe, coisa que eu não gostava muito. Não havia televisão em casa, pois o orçamento não permitia. Hoje creio ter sido uma bênção pela paixão desenvolvida pelos livros. Também não desenvolvi o gosto pela programação da televisão, mas confesso ser fã de filmes.
Já que me decidira a não fazer o exercício, liguei o DVD para assistir “Nosso amor de ontem”, uma história que inicia em 1937, em que estudantes idealistas, encabeçados pela personagem Katie (Barbra Streisand), protestavam contra a guerra. O outro do par romântico é Hubbel (Robert Redford). A música “Memory”, da própria Barbra, é divina. A sinopse se encontra facilmente na internet.
O que me chamou atenção nas duas vezes que vi o filme foi o idealismo que havia naquele tempo e que se estendeu até há poucos anos. Muitos movimentos cívicos ocorriam por conta dos estudantes e se expandiam para a população. Observei ao longo do anos que as normas vem a seguir dos costumes e sempre por eles se renovam e aperfeiçoam. A previsão escrita delas, independentemente da “vacatio legis”, precisa de seu próprio tempo para se inserir na consciência de um povo e de fato produzir efeitos. Outras, que não precisam de papel, são validadas em comunidades menores. A vida em pequenas comunidades era o que acontecia no início das organizações dos povos e talvez seja o que necessitamos para melhor convivermos.
Foi assim que ocupei o espaço do Exercício Criativo com este texto sem muito nexo, sem nenhuma criatividade e com um tanto de saudosismo.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Vacatio Legis.
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