O PRIMEIRO ANO NO RECANTO DAS LETRAS
Pode ser uma ligeira impressão, mas após os primeiros meses no Recanto das Letras parecia estar aqui há muito mais tempo.
No início, confesso, não saber nem mesmo interpretar os comentários, mas, depois de algumas semanas (sou muito "perspicaz") fez-se a luz! E entendi o óbvio: a interpretação cabe a quem lê.
Outra confidência: nem em sonho imaginei atingir o número de leituras ao completar o primeiro ano neste site. Seria impossível agradecer com justiça. Espero não frustrar demais quem se dispõe a ler o que publico. Não é fácil ter algo realmente interessante e criativo a dizer. Juro que tento, mas sempre com a clareza das minhas limitações.
Tenho consciência de que nunca passarei de uma eterna aprendiz. Sem qualquer vestígio de pudor, reconheço que escrevo em busca de uma frase. Se conseguir expressar algo nela, do meu ponto de vista e capacidade, algo foi escrito.
Os grandes autores escrevem muito além desta frase que busco, tantas vezes, sem a menor garantia ou segurança.
Por isso, meu respeito à palavra é incondicional. Nunca a dominarei. Pelo contrário. Há uma entrega da alma até as entrelinhas. Uma nudez incômoda e ao mesmo tempo, libertadora. Nem sempre escrever traz a paz que minha inquietude anseia. Na maior parte do tempo, apenas aumenta meu desassossego. Nada sacia o que está para ser dito e não digo ou ainda não disse.
Talvez, nunca escreva o que valha a pena ser expresso. E entre os inúmeros ensaios que rodeiam as verdades mutáveis da minha entrega, prossigo.
Não sou doce como Dolce, nem tenho tanta vida a ser recriada, como Vita. Entretanto, uma parte de mim imagina que sim. Então eu escrevo...
(*) Muito obrigada pelas leituras em meu primeiro ano no Recanto das Letras.
(*) IMAGEM: Arquivo Pessoal
http://www.dolcevita.prosaeverso.net