Metas os Peitos

Era uma expressão muito usada antigamente para estimular alguém a alguma iniciativa: Meta os peitos rapaz, não desanime e vá em frente! Os tempos como sempre mudam, e hoje vejo outra conotação. É que tenho observado há algum tempo a nova moda entre as mulheres. Os decotes das blusas vêm generosamente abaixando, deixando à mostra boa parte dos seios. E são bem variados: Grandes, pequenos, uns eretos outros caídos. Alguns com tatuagens, outros com algum de tipo de adorno. Olho por um lado, na qualidade de homem, com certo prazer dada a tamanha generosidade e belezas. Afinal, uma mulher disse-me certa vez que os seios são o enfeite da mulher! Fiquei algum tempo pensando no que haveria por trás desse modismo. Seria o que mais? Agora com a proximidade das eleições para presidente e da copa do mundo, o governo Lula estaria por trás? Quem sabe uma nova estratégia do PT. Se o programa do pré – sal não der certo poderíamos vender o “marketing dos peitos”. Convenceríamos aos outros países que poderíamos exportar leite materno e assim acabar com a desnutrição mundial. Afinal com muitos clipes mostrando tantos seios, existiria logo a associação de que onde tem muito seio tem leite em abundância. Tudo isso com o aval da ONU trariam gordos dividendos para a balança comercial... Depois pensei em algo mais perigoso que é a massificação. A moda nos faz mais idiotas, menos indivíduos. As pessoas pensam:- Preciso me parecer com fulano, que se parece com beltrano, que se parece com sicrano. Se assim não for estou por fora... - Os indivíduos buscam uma identidade nos externos, não em si mesmos. Pensam que as massas lhe darão esse retorno. E assim vão engordando as “burras” dos Axés, das Sangalo, das produtoras, dos ditadores da moda. Antes eram os cigarros, agora as cervejas, cheias de caras jovens bebendo em grupos. As garçonetes que os servem, como não poderiam deixar de ser, lá estão os peitos à mostra. Bem, como sou somente uma pessoa e não posso mudar a consciência dos outros, faço pelo menos minha parte, assim como na fábula do colibri, trazendo o assunto. De quebra também dou minhas olhadelas, já que o que está na vitrine é para ser visto...

Carlos A Funghi
Enviado por Carlos A Funghi em 11/04/2010
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