LEIS DIVINAS E TERRENAS

LEIS DIVINAS E TERRENAS

(080410)

Os pais, perante a lei de Deus, têm a obrigação de múltiplos cuidados com seus filhos e, na medida do possível e do necessário, eles têm prazer em realizar esse chamamento do Criador. Não vamos entrar nas minúcias das dificuldades extras vindas de outras vidas, que as há e muitas. Mas, no terra-a-terra, os cuidados não são menos importantes, pois deles depende a formação do cidadão. Na modelação desse protótipo do cidadão perfeito para ser integrado na sociedade, o elemento masculino (pai) há de cumprir as tarefas em conjunto com o elemento feminino (mãe). Enquanto pai e mãe têm deveres específicos que, no entanto, podem ser realizadas aleatoriamente por um ou por outro, há-os de ordem conjunta. Dificilmente a criança lembra quem lhe dava a mamadeira quando ainda pequenina ou quem pagava a conta da farmácia; quem trabalhava para que houvesse dinheiro suficiente para as despesas da casa; ou, ainda, se os dois trabalhavam. Esses são episódios que os filhos têm na conta de “obrigações”, portanto, dificilmente, marcam sua lembrança como ponto relevante.

Mas existem coisas obrigatórias tanto perante a lei Divina como perante a dos homens, que individualizam os cuidados dos pais, embora comportem a ambos os mesmos direcionamentos. São os cuidados intrínsecos que dizem respeito à figura paterna e materna, que são os ensinamentos silenciosos referentes ao amor, ao carinho, à solicitude quando o pequeno ou a pequena precisa de algum esclarecimento, aos exemplos de ordem moral, onde entra o senso de justiça e o respeito pelo próximo.

Mau grado a alguns pais que não se dizem presentes nos momentos em que a criança ou o pré adolescente ou mesmo o adolescente mais precisa dos seus conselhos, sob a alegação de que nada deixam faltar aos filhos, hão de lembrar-se que, ainda que o trabalho para prover as necessidades terrenas lhes absorva grande parte das suas horas, as sábias orientações devidas à prole podem salvar um filho ou uma filha do uso das drogas e de muitos descaminhos tão em voga no século XXI. O diálogo (amistoso, carinhoso, feito com amor) é a orientação primária na educação dos jovens, porquanto os educadores por excelência são os pais. A eles cabe moldar o esqueleto da educação da criança. Como se fora uma caixa de memória de um computador, os programas que o pai e a mãe instalam nela com os mecanismos que só eles possuem, sua manutenção será feita nas escolas, onde os alunos aprendem as ciências que os encaminharão à sociedade e ao consumo do trabalho.

Digamos que um casal na consciência dos seus propósitos de criar sua família para servir de exemplo a ser seguido, cumpre o seu propósito. As menininhas tanto quanto os menininhos, ainda infantes, e por isso, crédulos e confiantes, são as pérolas legítimas e preciosas do colar dos pais. Digamos que, por serem criados e advertidos no espírito do bem e da justiça e, exatamente por serem as crianças bem educadas, confiantes e ingênuas, algum desses abjetos vagabundos pedófilos deles se aproxima e cativa sua confiança com artifícios que só eles são capazes de produzir e lhes rouba essa inocência que os pais fomentaram e fortaleceram desde “nenenzinho”. Digam-me: o que se vai fazer com um desclassificado como este?

... AÍ QUE ENTRA A AÇÃO DO GOVERNO...

Mas isso é assunto para outra crônica.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 08/04/2010
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T2185461
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