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Crônica da Covardia
 
 
 
   “Covardia: corrupção da prudência, oposta a toda coragem ou bravura. Algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, indecisão, por fraqueza” (Wikipédia).
 
   Ser “covarde” pode até ser conveniente! Acomodar-se diante de uma situação estável, não se expondo a novos riscos pode ter suas compensações, garantindo a estabilidade de conquistas anteriores. “Mais vale um pássaro na mão que dois voando”, já alardeia o senso comum. Nem todos possuem espírito aventureiro e em verdade o que na visão de alguns pode aparentar covardia, para outros poderia significar apenas certa forma de prudência, ainda que estagnadora. Aos acomodados... as sandálias da mesmice e do conservadorismo!
 
    Porém a vida se traduz em ciclos, que alguns estudiosos dividem em períodos de sete a dez anos cada, sendo que ao encerrarmos estes ciclos deveríamos atingir novos patamares de evolução, deixando para trás as fases anteriores. Muitos não conseguem superar estes estágios, por imaturidade ou falta de orientação correta, estacionando e assumindo comportamentos incompatíveis com a sua real faixa etária. Estes seres imaturos não estão aptos a galgar novos desafios, o que pode resultar em atitudes consideradas medrosas e até mesmo covardes. Por outro lado, o excesso de confiança mesclado à inexperiência também leva a acidentes de percurso: talvez a precipitação ou a impetuosidade possam representar oposição similarmente negativa à covardia.
 
    Mas a verdade é que evoluir é necessário e aqui não estaríamos usufruindo de toda esta tecnologia acaso tal máxima não se fizesse verdadeira. Felizmente somos todos eternos insatisfeitos e é natural querer sempre um pouco mais, desde que de forma responsável. Só que para isso requer-se um pouco de ousadia, já “que quem não arrisca não petisca”. Não se pode gozar uma nova conquista sem que a procuremos; o caminho pode até ser espinhoso, mas pode nos reservar boas surpresas, se o percorrermos até o final, mas “sem dar passos maiores que as pernas”.
 
   Já foi dito que “grandes revoluções se fazem silenciosamente”, vivendo um dia de cada vez, mas sempre em direção ao futuro...  

Max Rocha
Enviado por Max Rocha em 08/04/2010
Reeditado em 07/06/2010
Código do texto: T2184671
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