Voltar no tempo

Em algum momento grande parte das pessoas já deve ter desejado voltar no tempo. Seja para ter a chance de fazer de tudo um pouco ou muito melhor, não fazer um monte de outras coisas, fazer mais vezes tantas outras... Muito já se escreveu, filmou, encenou sobre esse assunto com os mais diversos desfechos, com as mais diversas morais. Claro que seria uma volta no tempo com a bagagem adquirida até aqui, embora haja quem não tirasse muito proveito por não ter “amadurecido” o suficiente com o passar dos anos, mas estes pelo menos seriam adolescentes com a idade compatível. Outra parte aproveitaria sim o fato de saber previamente muitas coisa (principalmente as que lhe afetam diretamente). Ter-se-ia que estar preparado para conviver com a realidade da época: menos tecnologia, comportamentos mais conservadores (em tese) e, entre outras coisas, ainda ter que não ceder à tentação de revelar como seria o futuro para, como insinuam as estórias de ficção, “não alterar os destinos”, sobretudo os alheios. Isso pactuado, a pessoa iria desfrutar de tantas delícias esquecidas, saber usar as fórmulas já batidas, o futuro dos candidatos (essa é impagável), criar melhor os filhos que vier a ter, estudar sabendo em que dará o esforço, escolher melhor os amigos e se divertir, se divertir muito! Dizem os espíritas que vivemos essas chances com uma aparente “desvantagem”: “não lembramos a existência anterior” e, além disso, não iremos viver nos mesmos locais e nem com as mesmas pessoas necessariamente.

...Mas que seria uma senhora chance, seria.