PROFISSÃO, OPÇÃO VOCACIONAL
Se alguém definir vocação como sendo um chamado, uma opção, tendência ou talento, estará entendendo o significado deste termo. Porém, o conceito de vocação não se estende até à ação subjetiva de uma adesão pessoal a uma determinada escolha. Assim, também se completaria a concepção da vocação enquanto decisão devotada à vida religiosa, que conceitua a vocação como escutar um sobrenatural chamado. O não “escolhido” é quem não o compreende ou se julga inapto a tal desafio. Dos filósofos antigos, foi Platão quem mais se preocupou com o assunto.
Em A República, ele estrutura a sociedade em três tipos de vocação profissional. Segundo sua filosofia, o “homem é a sua alma divina, imortal e espiritual”, distinguindo-se em: 1. “anima rationalis ou intellectualis” das pessoas dotadas de conhecimento, especialmente os filósofos, para dirigirem a sociedade; 2. “anima irascibilis”, homens fortes, militares, e de aptidão reservada à defesa e à ordem e, finalmente, 3. “anima concupiscibilis”, indivíduos ávidos de riqueza, que se prestam à produção e à comercialização como serviços à sociedade, porém tendo o lucro como motivação. Do predomínio de um desses três atributos (intelectual, irascível ou concupiscível), dependerá o caráter de cada indivíduo.
Outros também teorizam sobre as atribuições sociais, tomando a organização da sociedade conforme a divisão do corpo humano, como as castas indianas, partes do corpo de Brahma: os “brâmanes” (religiosos, nobres e dirigentes); “kshatriyas” (aristocratas, proprietários e militares); “vaishyas” (camponeses e comerciantes); “shudras” (escravos) e os párias que não pertencem ao corpo (à estrutura social) e são impuros. Ressaltem-se a história da cultura e os seus dois primeiros passos: a linguagem e a divisão do trabalho conforme a economia da sociedade. Hoje, essa divisão alterou-se em virtude de mulher ter conquistado tarefas, antes destinadas apenas ao homem. A partir de 1942 e durante a 2ª Guerra Mundial, necessitou-se de se definir melhor a vocação profissional da escassa mão de obra, não convocada para o campo de batalha. Então, criou-se, nos cursos psico-pedagógicos, a formação de Orientadores Educacionais, como a habilitação de descobrir a profissão mais adequada aos ingressantes nos cursos profissionalizantes e universitários.
Dirijo-me aos jovens, também aos adultos que ainda não escolheram sua vocação. Quem a escolhe, livre das concorrências e imposições do mercado de trabalho, realiza-se profissionalmente, vive feliz e torna o trabalho parte do sentido da sua vida.
Se alguém definir vocação como sendo um chamado, uma opção, tendência ou talento, estará entendendo o significado deste termo. Porém, o conceito de vocação não se estende até à ação subjetiva de uma adesão pessoal a uma determinada escolha. Assim, também se completaria a concepção da vocação enquanto decisão devotada à vida religiosa, que conceitua a vocação como escutar um sobrenatural chamado. O não “escolhido” é quem não o compreende ou se julga inapto a tal desafio. Dos filósofos antigos, foi Platão quem mais se preocupou com o assunto.
Em A República, ele estrutura a sociedade em três tipos de vocação profissional. Segundo sua filosofia, o “homem é a sua alma divina, imortal e espiritual”, distinguindo-se em: 1. “anima rationalis ou intellectualis” das pessoas dotadas de conhecimento, especialmente os filósofos, para dirigirem a sociedade; 2. “anima irascibilis”, homens fortes, militares, e de aptidão reservada à defesa e à ordem e, finalmente, 3. “anima concupiscibilis”, indivíduos ávidos de riqueza, que se prestam à produção e à comercialização como serviços à sociedade, porém tendo o lucro como motivação. Do predomínio de um desses três atributos (intelectual, irascível ou concupiscível), dependerá o caráter de cada indivíduo.
Outros também teorizam sobre as atribuições sociais, tomando a organização da sociedade conforme a divisão do corpo humano, como as castas indianas, partes do corpo de Brahma: os “brâmanes” (religiosos, nobres e dirigentes); “kshatriyas” (aristocratas, proprietários e militares); “vaishyas” (camponeses e comerciantes); “shudras” (escravos) e os párias que não pertencem ao corpo (à estrutura social) e são impuros. Ressaltem-se a história da cultura e os seus dois primeiros passos: a linguagem e a divisão do trabalho conforme a economia da sociedade. Hoje, essa divisão alterou-se em virtude de mulher ter conquistado tarefas, antes destinadas apenas ao homem. A partir de 1942 e durante a 2ª Guerra Mundial, necessitou-se de se definir melhor a vocação profissional da escassa mão de obra, não convocada para o campo de batalha. Então, criou-se, nos cursos psico-pedagógicos, a formação de Orientadores Educacionais, como a habilitação de descobrir a profissão mais adequada aos ingressantes nos cursos profissionalizantes e universitários.
Dirijo-me aos jovens, também aos adultos que ainda não escolheram sua vocação. Quem a escolhe, livre das concorrências e imposições do mercado de trabalho, realiza-se profissionalmente, vive feliz e torna o trabalho parte do sentido da sua vida.