Sobrevivamos

Sobrevivamos

Vanderli Granatto

Sobrevivamos às trevas do horror,

revelantes frutos do descaso,

que destroem o viajor.

Abandonados ao sabor do acaso,

abatidos...

Sem vigor parte-se a esperança, da colheita racional,

do sorriso farto a dizer, tudo continuará bem...

Inimigos da vida de outrém, satisfeitos com a ganância,

cegos pela ignorância, condenam sem piedade,

o viajor a partir para a eterna morada,

numa cilada da natureza enraivecida,

pois que, empobrecida de cuidados,

ultrajada pelo descaso, comete o horror

e nem pode ser condenada, já que inocente,

faz do horror, um meio de correr ao ponto de encontro, com o que,

a faz se ajeitar e abrandar suas forças.

Nem siquer imagina que ceifou vidas em profusão,

que causou decepção.

A natureza quer tão somente correr pela vertente,

sem deixar rastros, apaga o que lhe condena, se acerta, para acalmar-se.

Não olha e não enxerga o que deixa atrás de si.

No destino mal traçado, por abutres sagazes,

ceifadas as vidas de inocentes que não souberam,

que ninguém estava preocupado com elas

e aí a força da natureza agiu

Atentem ao divino!

Não há mal que não se acabe,

não há vida sem combate.

Prevenção deve existir,

pois o homem precavido

pode dar guarida, ao necessitado

Não sabemos exigir, rimos às vezes,

do destino malogrado,

destituindo a força imperante do agir.

Enquanto se discute quem é quem,

a força da natureza age impiedosa, pois,

ninguém está preocupado com ela.

Outras forças interagem.

A fazem esquecida;

quando lembrada, o mal já foi causado,

ceifando vidas,

levando sonhos e sonhos para a eternidade.

Vanderli

06/04/2010

Botucatu/SP