pintura/Bruno di Maio
MEMORIAIS DE SOFIA(zocha)/DO ASSUNGUI
(Memoriais de Sofia/zocha)
(retalhos)
Ela enfrentava os dias sob o olhar cético da cidade que agora a adotara e que a mirava com seus grandes olhos camaleônicos. Esta cidade verde ardia em sua alma labaredas a incendiar as nuvens,caminhava pelos seus corredores, atônita, perplexa, ainda agora, escrevendo essas linhas os cães ladram mas, estes cães são amigos e mesmo caminhando por essas entrelinhas,uma a vigia pelo lado de dentro, e se chama pandinha/panda e outra pelo lado de fora não descuida da cidade e seus fantasmas.
O que seria essa fidelidade, por que teria que percorrer esse caminho da fidelidade, que fidelidade seria aquela que a exortava a deixar a sua cidade grande onde era nascida e ir de encontro aquela aldeia tão pequenina, constrangida, sem qualquer atrativo? . E fora amável a voz da aldeia que lhe chamara de volta, uma doce voz que lhe parecia reconhecível. E, ela assim retornara por obra do destino. Que o destino se cumprisse, os bem-te-vis continuariam cantando e agora seriam outros e outros, o carroção já aportara naquela estação do tempo e tinha agora que se vencer distancias. Já havia montado o pequeno escritório de trabalho. E o segundo ato foi alugar uma casa próxima, quem lhe ajudava era a benevolência da irmã caçula e de repente se viu insólita detrás das cortinas transparentes da casa vazia, porque não tinha forro para colocar por detrás das vidraças, então não podia acender a luz a noite, mesmo, entre os muros fechados, pois não tinham altura suficiente para ocultar a visão interior da casa que a janela não ocultava, mas havia com ela a fidelidade de dois cães em vigília que lhe apascentava noite. Noites longas, frias e duras, naquela cama estreita cama de solteiro mas, com certeza alva com seus lençóis de algodão emprestados pela alvura da casa materna. O fogão vermelho, a geladeira nova que conseguira comprar a prestação, o novo lugar de trabalho desafiando, as estradas na nova terra, o olhar fixo nas montanhas onde se guardavam as lembranças das águas do Assungui e do azul dos olhos dele.
O olhar congelou-se na estátua de gelo, os sonhos haviam sido congelados. -Que faz voce aqui a falar de seus sonhos congelados? Que interessa a quem? Fiel às próprias unhas ela continuou percorrendo os degraus do labirinto. Subia e descia as escadarias do próprio corpo unhando as paredes das noites de solidão, noites geladas, claras, de estrelas fugidias e de mordaça na concha da pequenina casa alugada só com seus cães fieis vigilantes rondando o pequeno jardim. Foi assim o princípio de um tempo há algum tempo sem ele, que ele ficou naquele ultimo beijo molhado, na curva da estrada da roseira, depois que hoje é outro ontem...
MEMORIAIS DE SOFIA(zocha)/DO ASSUNGUI
(Memoriais de Sofia/zocha)
(retalhos)
Ela enfrentava os dias sob o olhar cético da cidade que agora a adotara e que a mirava com seus grandes olhos camaleônicos. Esta cidade verde ardia em sua alma labaredas a incendiar as nuvens,caminhava pelos seus corredores, atônita, perplexa, ainda agora, escrevendo essas linhas os cães ladram mas, estes cães são amigos e mesmo caminhando por essas entrelinhas,uma a vigia pelo lado de dentro, e se chama pandinha/panda e outra pelo lado de fora não descuida da cidade e seus fantasmas.
O que seria essa fidelidade, por que teria que percorrer esse caminho da fidelidade, que fidelidade seria aquela que a exortava a deixar a sua cidade grande onde era nascida e ir de encontro aquela aldeia tão pequenina, constrangida, sem qualquer atrativo? . E fora amável a voz da aldeia que lhe chamara de volta, uma doce voz que lhe parecia reconhecível. E, ela assim retornara por obra do destino. Que o destino se cumprisse, os bem-te-vis continuariam cantando e agora seriam outros e outros, o carroção já aportara naquela estação do tempo e tinha agora que se vencer distancias. Já havia montado o pequeno escritório de trabalho. E o segundo ato foi alugar uma casa próxima, quem lhe ajudava era a benevolência da irmã caçula e de repente se viu insólita detrás das cortinas transparentes da casa vazia, porque não tinha forro para colocar por detrás das vidraças, então não podia acender a luz a noite, mesmo, entre os muros fechados, pois não tinham altura suficiente para ocultar a visão interior da casa que a janela não ocultava, mas havia com ela a fidelidade de dois cães em vigília que lhe apascentava noite. Noites longas, frias e duras, naquela cama estreita cama de solteiro mas, com certeza alva com seus lençóis de algodão emprestados pela alvura da casa materna. O fogão vermelho, a geladeira nova que conseguira comprar a prestação, o novo lugar de trabalho desafiando, as estradas na nova terra, o olhar fixo nas montanhas onde se guardavam as lembranças das águas do Assungui e do azul dos olhos dele.
O olhar congelou-se na estátua de gelo, os sonhos haviam sido congelados. -Que faz voce aqui a falar de seus sonhos congelados? Que interessa a quem? Fiel às próprias unhas ela continuou percorrendo os degraus do labirinto. Subia e descia as escadarias do próprio corpo unhando as paredes das noites de solidão, noites geladas, claras, de estrelas fugidias e de mordaça na concha da pequenina casa alugada só com seus cães fieis vigilantes rondando o pequeno jardim. Foi assim o princípio de um tempo há algum tempo sem ele, que ele ficou naquele ultimo beijo molhado, na curva da estrada da roseira, depois que hoje é outro ontem...