Entre mim e a crônica - um abismo!

Nunca fiz uma crônica. Portanto, essa pretende ser a minha primeira. (Se eu conseguir concluí-la.) E porque não conseguiria? Você pergunta. Ora, amigo leitor, prosa não é o meu forte. Na verdade ainda não descobri qual é o meu forte. Espero que eu tenha um!

Bom, começo agora com a cara e a coragem. Deve estar se perguntando sobre o que é esta crônica. É sobre isso mesmo. Como começar a fazer uma crônica. Não pense o leitor que eu não sei o que é uma crônica. Eu até sei. Já li muitas e excelentes crônicas. Mas entre saber o que é e fazer uma, há um abismo. O leitor certamente sabe o que é uma nave espacial. Mas sabe fazer uma? (qual a probabilidade de a resposta ser sim?)

Você pode argumentar que fazer uma crônica é bem mais fácil do que fazer uma nave espacial. E eu discordo. A fabricação de uma nave segue cálculos matemáticos precisos. Para a crônica não há receita. Pelo menos não há uma receita que sirva mais de uma vez. E ninguém pode copiar a receita do outro. Não é fantástico? Mas ainda prefiro tentar fazer uma crônica a aprender a fazer uma nave espacial. Deixa isso com os geniais loucos por números.

Você já deve ter percebido que há uma grande probabilidade de que eu não seja bem sucedida nesta minha ousada empreitada de construir uma crônica. Tanto mais porque eu não tenho uma boa idéia nem um bom assunto para ela. Difícil, não? Espero que eu não tenha acabado de perder um provável leitor para a minha segunda tentativa de crônica. Por favor, não me julgue incapaz ainda. Este é ainda o rascunho da primeira. Espere eu escrever a centésima, então poderá fazer um julgamento bem fundamentado.

Às 14:30 da tarde, sentada à mesa em frente ao notebook me pergunto em que dará esta tentativa, amigo leitor. A essa altura você já deve saber se consegui ou não, pois está lendo o resultado. Pena que não pode vir ao passado me contar qual foi o fruto desses delírios pró-crônica. Mas como o tempo na era digital não é mais tão rígido, acho que terei a chance de saber o que sobreviveu e chegou até você (quanto tempo depois?) e qual a fração de semelhança com uma crônica que este texto pôde ter.

Boa sorte para nós dois.

Neuminha
Enviado por Neuminha em 05/04/2010
Reeditado em 03/04/2011
Código do texto: T2178809
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.