QUE MUNDO É ESSE?
Fiquei sabendo pelos jornais e telejornais de três situações ocorridas recentemente e que me deixaram pensativo e em dúvida quanto ao que acontece no mundo de hoje.
Primeiro: O estupro de uma adolescente de 13 anos na cidade de Londrina, no Paraná, por outros quatro adolescentes, sendo um deles maior de idade. Motivo: ela estava usando uma dessas famigeradas “pulseirinhas” coloridas, onde cada cor indica as preferências da usuária e do que ela está “a fim”. A cor da pulseira que essa adolescente usava era um convite ao sexo e os quatro não tiveram dúvidas. Obrigaram-na a fazer sexo com todos eles, uma vez que, segundo os próprios, ela assim pedia (sic).
Segundo: A guerra de travesseiros. Trata-se de uma nova mania que contagia os jovens, propagada pelas redes de relacionamento, em especial o twitter. Não é preciso um motivo. Eles vão chegando aos poucos, alguns desconfiados, olhando para os lados como se estivessem procurando alguém ou alguma coisa. De repente, retiram os travesseiros das mochilas e começam uma guerra, batendo uns nos outros. A batalha não dura mais do que cinco minutos. Riem muito e dão por cumprida a comemoração do Dia Mundial da Guerra de Travesseiros (World Pillow Fight). A “guerra” geralmente ocorre simultaneamente em várias cidades do mundo. Qual o motivo? Ninguém soube explicar. E precisa???
Terceiro: O “bullying” que vem a ser a violência silenciosa. Alvo de estudos recentes, o “bullying” se caracteriza por atos de agressão física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados sem motivo aparente contra uma ou mais pessoas, normalmente em situação de desvantagem. O que também pode ser chamado na linguagem popular de chantagem. O principal alvo são as crianças e adolescentes, principalmente dentro das próprias escolas onde estudam. Tímidos, com dificuldades para se relacionar e que fogem dos padrões concebidos ou estabelecidos pelo grupo são os alvos principais dos “bullies”, que, em geral, são líderes, chefes de turmas e os mais populares entre todos. Alguns casos já foram parar em delegacias de polícia e consultórios de psicologia. Os casos policiais geralmente são resolvidos de forma rápida, pois os “bullies” são facilmente identificados uma vez que deixam muitos rastros. O grande problema é o estrago psicológico que causa nas vítimas, este muito mais difícil de resolver.
Paradoxalmente ao que relatei acima, voltando do interior de São Paulo, decidi parar para um lanche no Mc Donalds da Rodovia dos Imigrantes (que liga São Paulo a Santos). Fiz o pedido e quando fui me servir do catchup uma moça chegou junto e, delicadamente, deu-me a vez. Devia ter seus 17-18 anos. Agradeci, enchi o copinho e dei-o a ela que, surpresa, me agradeceu. Servi-me e fui comer meu lanche tranquilamente. Eu percebia que, de vez em quando, ela me olhava, talvez ainda surpresa. Ao levantar-se juntamente com quem acredito fossem seus pais e sua irmã dirigiu-se a mim e disse: “Até hoje ninguém havia feito uma gentileza dessas comigo. Muito obrigado mesmo... Tchau!”. Só tive tempo de dizer-lhe: “Tchau, boa viagem!”.
Outro exemplo: tempos atrás, estava fazendo compras com uma amiga num supermercado e ela, distraidamente, deixou cair várias latas de determinado produto no chão. Começou a recolhê-las quando um punk (mais para gótico) aproximou-se e disse-lhe: “Deixa tia que eu recolho pra senhora”. Estava todo de preto, cabelos apontados pra cima, anéis, pulseiras e piercings, muitos piercings. À primeira vista, um ser estranhíssimo. Com um simples contato pude perceber a doçura que havia dentro dele.
Estou contando este caso para mostrar que a gentileza e os bons costumes ainda fascinam a todos, mesmo aos mais jovens. Por mais que se teime em dizer que as pessoas estão perdidas e viradas no mundo, ainda é possível encontrar sentimentos e bondade dentro delas. Gestos simples de carinho, atenção, gentileza, ainda impressionam, e muito. E isso faz toda a diferença.
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Fiquei sabendo pelos jornais e telejornais de três situações ocorridas recentemente e que me deixaram pensativo e em dúvida quanto ao que acontece no mundo de hoje.
Primeiro: O estupro de uma adolescente de 13 anos na cidade de Londrina, no Paraná, por outros quatro adolescentes, sendo um deles maior de idade. Motivo: ela estava usando uma dessas famigeradas “pulseirinhas” coloridas, onde cada cor indica as preferências da usuária e do que ela está “a fim”. A cor da pulseira que essa adolescente usava era um convite ao sexo e os quatro não tiveram dúvidas. Obrigaram-na a fazer sexo com todos eles, uma vez que, segundo os próprios, ela assim pedia (sic).
Segundo: A guerra de travesseiros. Trata-se de uma nova mania que contagia os jovens, propagada pelas redes de relacionamento, em especial o twitter. Não é preciso um motivo. Eles vão chegando aos poucos, alguns desconfiados, olhando para os lados como se estivessem procurando alguém ou alguma coisa. De repente, retiram os travesseiros das mochilas e começam uma guerra, batendo uns nos outros. A batalha não dura mais do que cinco minutos. Riem muito e dão por cumprida a comemoração do Dia Mundial da Guerra de Travesseiros (World Pillow Fight). A “guerra” geralmente ocorre simultaneamente em várias cidades do mundo. Qual o motivo? Ninguém soube explicar. E precisa???
Terceiro: O “bullying” que vem a ser a violência silenciosa. Alvo de estudos recentes, o “bullying” se caracteriza por atos de agressão física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados sem motivo aparente contra uma ou mais pessoas, normalmente em situação de desvantagem. O que também pode ser chamado na linguagem popular de chantagem. O principal alvo são as crianças e adolescentes, principalmente dentro das próprias escolas onde estudam. Tímidos, com dificuldades para se relacionar e que fogem dos padrões concebidos ou estabelecidos pelo grupo são os alvos principais dos “bullies”, que, em geral, são líderes, chefes de turmas e os mais populares entre todos. Alguns casos já foram parar em delegacias de polícia e consultórios de psicologia. Os casos policiais geralmente são resolvidos de forma rápida, pois os “bullies” são facilmente identificados uma vez que deixam muitos rastros. O grande problema é o estrago psicológico que causa nas vítimas, este muito mais difícil de resolver.
Paradoxalmente ao que relatei acima, voltando do interior de São Paulo, decidi parar para um lanche no Mc Donalds da Rodovia dos Imigrantes (que liga São Paulo a Santos). Fiz o pedido e quando fui me servir do catchup uma moça chegou junto e, delicadamente, deu-me a vez. Devia ter seus 17-18 anos. Agradeci, enchi o copinho e dei-o a ela que, surpresa, me agradeceu. Servi-me e fui comer meu lanche tranquilamente. Eu percebia que, de vez em quando, ela me olhava, talvez ainda surpresa. Ao levantar-se juntamente com quem acredito fossem seus pais e sua irmã dirigiu-se a mim e disse: “Até hoje ninguém havia feito uma gentileza dessas comigo. Muito obrigado mesmo... Tchau!”. Só tive tempo de dizer-lhe: “Tchau, boa viagem!”.
Outro exemplo: tempos atrás, estava fazendo compras com uma amiga num supermercado e ela, distraidamente, deixou cair várias latas de determinado produto no chão. Começou a recolhê-las quando um punk (mais para gótico) aproximou-se e disse-lhe: “Deixa tia que eu recolho pra senhora”. Estava todo de preto, cabelos apontados pra cima, anéis, pulseiras e piercings, muitos piercings. À primeira vista, um ser estranhíssimo. Com um simples contato pude perceber a doçura que havia dentro dele.
Estou contando este caso para mostrar que a gentileza e os bons costumes ainda fascinam a todos, mesmo aos mais jovens. Por mais que se teime em dizer que as pessoas estão perdidas e viradas no mundo, ainda é possível encontrar sentimentos e bondade dentro delas. Gestos simples de carinho, atenção, gentileza, ainda impressionam, e muito. E isso faz toda a diferença.
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