PARA ESTE DOMINGO DE PAZ-COA

Por Carlos Sena



Reunir a família num almoço regado a peixe e vinho branco seco. Rever conceitos equivocados, reacender relações partidas com pessoas que nos são caras; olhar nos olhos um do outro e se permitir a ser mais paciente diante das diferenças; exercitar um pouco dos mandamentos de Deus, principalmente amando ao próximo como a si mesmo; vivenciando um pouco da oração de São Francisco "perdoando para ser perdoado, amando pra ser amado". Sentar à mesa neste dia, principalmente com a família, tem tudo a ver com o renascimento de cada um sempre: para o amor, para o perdão, para a fé. A fé que a tudo redime a tudo vence, fundamenta-se na figura de Cristo quando da sua Ressurreição! Este ato hoje simbólico significa a nossa vontade de sempre estar renascendo, pois que morremos um pouco todo dia em diversos sentidos da nossa vida.
A certeza de que hoje somos melhores do que ontem; de que hoje somos mais tolerantes do que ontem; de que hoje somos mais amáveis do que ontem; de que hoje somos mais felizes do que ontem, é bem uma prova de que nós temos sempre que mudar (pra melhor) se quiser ser o mesmo.
Para este domingo de PAZ-COA, ALEGRIA! ALELUIA porque Jesus que se supunha sepultado após sua crucificação, subira aos céus como que a nos deixar a lição do amor bem escrita, sem rasuras, nem rascunhos. A lição da vida eterna para aqueles que tiverem uma vida voltada para o bem, para o amor e o perdão.
Repaginemos, pois, nosso existir. Façamos sempre um banquete regado de todos os tipos de vinhos finos como o amor; e de iguarias igualmente finas servidas em porcelanas de felicidade. Santa Felicidade! Ideal eterno de todos os homens, mas que tem sido pouco alcançado diante das nossas ambições materiais exacerbadas. Este pode ser um dia de refletir sobre isto. De isolamento, se preciso for. De escutar uma música suave tipo: new age, Ave Maria ou outras páginas de belas melodias que nos enlevam.
O mundo está carente de paz. Muitos a têm invocado, mas só poucos alcançam. Ela não se faz só com processo interno de acreditação, mas externo de mudança de atitudes coletivas em função.
Nenhum movimento de paz interior foi alcançado por osmose. É preciso, hoje, que se reflita nesta dinâmica do dar e receber, do perdoar e ser perdoado, enfim, da teoria e da prática coerente com nossas atitudes cristãs.
Enquanto não seja tarde, estejamos sempre alerta, vigilantes! Porque o futuro já pode ter chegado e nós não nos demos conta disto. Muita PAZ-COA para todos.