UMA SEMANA PARA REFLETIR
Sempre tive dificuldades para falar sobre datas. Principalmente, se essas datas forem de cunho religioso. Sinceramente, não sei o porquê, mas talvez seja devido à minha convicção de que nem sempre aquilo que se lê nos compêndios retrata a verdadeira história por trás dela.
Além do mais, datas religiosas não me deixam à vontade com as minhas reflexões. Penso sempre que o fato de não poder questionar a sua verdade absoluta me tira o desejo de explorar os seus mistérios – já que fui criado para aceitar o que estava nas Sagradas Escrituras.
Contudo, desde pequeno que eu me permito interrogar – somente a mim – algumas coisas que via e ouvia como, por exemplo, os fatos romanceados sobre a vida de Jesus Cristo. Em nada se parecia, para nós, pequenas crianças, o martírio real que, de fato, Ele sofreu.
Essa maneira de “disfarçar” o sofrimento pelo qual Ele passou, e que perdurou até há pouco tempo atrás – para mim –, só veio à tona, e me fez falar sobre isso, quando exibiram o filme “As Últimas Doze Horas de Jesus Cristo”, de Mel Gibson.
No filme, eu pude partilhar aquilo que, verdadeiramente, pensava sobre como tinha sido o suplício de morte do nosso Salvador. As cenas fortes, criadas a partir dos relatos bíblicos (Evangelhos), editadas sem maquiagens, mostraram como se sucederam as últimas horas de um homem que veio ao mundo para, segundo a nossa religião, nos salvar.
Não me refiro – em minhas interrogações –, entretanto, a quem causou ou aos que causaram tudo isso, pois, para esses, a história já contou ou, se não contou, pelo menos deixou margem para que todos fossem julgados por terem entregado o Filho de Deus para os homens; nem quero acusar a quem já tinha seu nome colocado – mesmo antes de nascer – como sendo aquele que iria traí-lo. Acho que tudo isso já está sacramentado.
O que eu quero, na verdade, é ter um olhar sobre o homem Jesus. De carne e osso. Aquele que sonhou com um mundo mais fraterno, onde todos deviam amar uns aos outros, sem distinções; que usou a palavra como a sua maior arma e, com ela, se fez eterno; que, por tudo isso, pagou com a vida e, por isso mesmo, ficou para a história como aquele que deu a vida para que não morrêssemos em vão.
Sim, é desse homem que só teve três anos de vida pública – e que mal se sabia sobre a sua origem –, que eu me permito falar. Primeiro, fico a imaginar a sua perplexidade diante da natureza cruel dos seus semelhantes. De como a inveja daqueles que dominavam o poder cegava e neutralizava o que de melhor tem um ser humano: a compaixão.
Segundo, o que vinha no pensamento do homem Jesus ao ver a multidão sedenta por sangue e, pior, querendo o seu sangue como se ele fosse o troféu de uma batalha ferrenha entre os romanos politeístas e os judeus fariseus.
Terceiro, as reflexões do homem Jesus. Fico a imaginar as suas interrogações sobre tudo o que veria a acontecer. Talvez, nas suas piores hipóteses – raciocinando apenas como um ser igual a um de nós – Ele jamais tivesse chegado a desenhar – nem de longe – o que iriam fazer com o seu corpo. Isso, sem querer pensar na parte psicológica, que expressa a humilhação, o sarcasmo, a ironia.
Por último, ver o sofrimento de um homem que só fez o bem, que procurou cuidar dos enfermos e que se destituiu de tudo quanto fosse nocivo à espécie humana – segundo o Evangelho – nos abre para mais uma interrogação: até que ponto isso serviu? Digo isso porque vejo, diariamente, os povos se matando – alguns em nome do Deus dEle –; outros, se aproveitam da Sua Ordem para praticarem as coisas mais absurdas e pecaminosas, escondendo-se atrás do manto sagrado e da Sua cruz.
Resta-nos, a esperança. E, nesta semana, reflitamos sobre nossos valores, sejam eles materiais ou espirituais, e busquemos nEle a força necessária para vivermos como Ele idealizou: como uma sociedade que pratica o bem comum.
Sempre tive dificuldades para falar sobre datas. Principalmente, se essas datas forem de cunho religioso. Sinceramente, não sei o porquê, mas talvez seja devido à minha convicção de que nem sempre aquilo que se lê nos compêndios retrata a verdadeira história por trás dela.
Além do mais, datas religiosas não me deixam à vontade com as minhas reflexões. Penso sempre que o fato de não poder questionar a sua verdade absoluta me tira o desejo de explorar os seus mistérios – já que fui criado para aceitar o que estava nas Sagradas Escrituras.
Contudo, desde pequeno que eu me permito interrogar – somente a mim – algumas coisas que via e ouvia como, por exemplo, os fatos romanceados sobre a vida de Jesus Cristo. Em nada se parecia, para nós, pequenas crianças, o martírio real que, de fato, Ele sofreu.
Essa maneira de “disfarçar” o sofrimento pelo qual Ele passou, e que perdurou até há pouco tempo atrás – para mim –, só veio à tona, e me fez falar sobre isso, quando exibiram o filme “As Últimas Doze Horas de Jesus Cristo”, de Mel Gibson.
No filme, eu pude partilhar aquilo que, verdadeiramente, pensava sobre como tinha sido o suplício de morte do nosso Salvador. As cenas fortes, criadas a partir dos relatos bíblicos (Evangelhos), editadas sem maquiagens, mostraram como se sucederam as últimas horas de um homem que veio ao mundo para, segundo a nossa religião, nos salvar.
Não me refiro – em minhas interrogações –, entretanto, a quem causou ou aos que causaram tudo isso, pois, para esses, a história já contou ou, se não contou, pelo menos deixou margem para que todos fossem julgados por terem entregado o Filho de Deus para os homens; nem quero acusar a quem já tinha seu nome colocado – mesmo antes de nascer – como sendo aquele que iria traí-lo. Acho que tudo isso já está sacramentado.
O que eu quero, na verdade, é ter um olhar sobre o homem Jesus. De carne e osso. Aquele que sonhou com um mundo mais fraterno, onde todos deviam amar uns aos outros, sem distinções; que usou a palavra como a sua maior arma e, com ela, se fez eterno; que, por tudo isso, pagou com a vida e, por isso mesmo, ficou para a história como aquele que deu a vida para que não morrêssemos em vão.
Sim, é desse homem que só teve três anos de vida pública – e que mal se sabia sobre a sua origem –, que eu me permito falar. Primeiro, fico a imaginar a sua perplexidade diante da natureza cruel dos seus semelhantes. De como a inveja daqueles que dominavam o poder cegava e neutralizava o que de melhor tem um ser humano: a compaixão.
Segundo, o que vinha no pensamento do homem Jesus ao ver a multidão sedenta por sangue e, pior, querendo o seu sangue como se ele fosse o troféu de uma batalha ferrenha entre os romanos politeístas e os judeus fariseus.
Terceiro, as reflexões do homem Jesus. Fico a imaginar as suas interrogações sobre tudo o que veria a acontecer. Talvez, nas suas piores hipóteses – raciocinando apenas como um ser igual a um de nós – Ele jamais tivesse chegado a desenhar – nem de longe – o que iriam fazer com o seu corpo. Isso, sem querer pensar na parte psicológica, que expressa a humilhação, o sarcasmo, a ironia.
Por último, ver o sofrimento de um homem que só fez o bem, que procurou cuidar dos enfermos e que se destituiu de tudo quanto fosse nocivo à espécie humana – segundo o Evangelho – nos abre para mais uma interrogação: até que ponto isso serviu? Digo isso porque vejo, diariamente, os povos se matando – alguns em nome do Deus dEle –; outros, se aproveitam da Sua Ordem para praticarem as coisas mais absurdas e pecaminosas, escondendo-se atrás do manto sagrado e da Sua cruz.
Resta-nos, a esperança. E, nesta semana, reflitamos sobre nossos valores, sejam eles materiais ou espirituais, e busquemos nEle a força necessária para vivermos como Ele idealizou: como uma sociedade que pratica o bem comum.
Obs. Imagem da internet