DOCES LEMBRANÇAS

Nunca liguei para doces, a não ser brigadeiros, um pavezinho ou uma musse de vez em quando. Mas de chocolate sempre gostei.

Ainda jovenzinha, cheguei a sair de casa, nas Perdizes, tomar o ônibus, ir até o ponto final em frente ao Teatro Municipal e entrar na loja da Kopenhagen só para comprar bombons. Ficava meio tonta diante do balcão envidraçado, olhando aquela variedade. Escolhia alguns, incluindo os de licor de cereja e voltava. No caminho, abria o saquinho e já começava a degustar.

Gostava também daqueles de gianduia, que vinham com a tirinha da sorte. Junto com o embrulho havia um papelzinho com frases que podiam conter um pensamento famoso ou algo que as mocinhas gostavam de ler, como “O amor é lindo!” ou “Logo você vai encontrar o seu amor”...

Além de adoçar a boca, os bombons adoçavam também o meu coração.