AMOR. LUZ ÚNICA DA HUMANIDADE.

Graças ao “SIM” de Maria ao Anjo Gabriel, Deus chegou até nós por seu corpo feito homem, seu filho Jesus.

Veio para sofrer martírio inenarrável que se encontra descrito por cirurgião de renome em página minha incluída nesse site; suou sangue. Após o advento deu-se sua vida inigualável e a violenta paixão final, cuja memória ocorre amanhã, sexta-feira santa. Abrindo nossos corações, podemos entender o grandioso enigma e mistério da “REENCARNAÇÃO” ocorrente em seguida a sua morte envolta em amor à humanidade.

A páscoa de Jesus se faz presente em todas as pessoas e grupos que, alegres e esperançosos, acolhem a boa nova trazida pelo Anjo Gabriel.

Maria está no ponto central do evangelho desde a época do advento.

Embora relutasse um pouco à proposta do Anjo Gabriel, acabou por aceitar a mais sagrada história de uma mulher, colaborar com Deus; SER MÃE DE SEU FILHO, Aquele que a morte descortinaria a maior tragédia da história humana.

Maria é a verdadeira ponte entre a humanidade e Deus, não só por trazer ao mundo o Homem-Deus e entregá-lo à humanidade, despojada de seu sofrido amor materno, mas por repetir o advento a cada momento e em cada rincão onde ocorrem suas aparições.

Maria é a mãe de todos, a flor do campo que inebria, a água que sacia a sede no caminho dos peregrinos, a mão que protege quem precisa de auxílio e afaga o que procura consolo.

O que vem na anunciação, Cristo-Jesus, NASCE e se repete todo ano na ressurreição a mostrar a boa nova.

Do milagre anunciado e do “SIM” de Maria, EM UM DIA MÁGICO E MÍTICO, até à Crucificação e Ressurreição do Cristo, há todo um quadro de exemplos que a humanidade ainda não compreendeu como sendo o exclusivo caminho que afastará ódios e dissenções para a harmonia dos homens, amar ao próximo como a si mesmo.

Colocar o orgulho humano acima dos freios da vontade de aparecer é o que fazem muitos, modernos “fariseus”, tocados pela soberba.

Pompas e galas aguardam aqueles que estão no palco, formando metáforas que enganam a todos e espancam a história, açoitando mais e mais o martirizado em seu sangue já derramado no Gólgota que cai séculos afora.

Não há luz suficiente para os que já se acham iluminados em demasia, procurando impressionar os homens, desservem ao Cristo-homem e ao balizamento da regra moral onde hipócritas não têm assento.

Como ressae de minhas reflexões sobre a Inteligência do Cristo, o Messias veio ao mundo para primeiramente indicar o caminho a seguir, dando a todos os seus filhos, da mesma forma que se conduzem os pais após os ensinamentos ministrados, a liberdade de escolha. É a mensagem da redenção como conseqüência da razão de sua vinda.

É essa liberdade, legado do Cristo, o bem maior depois da vida, que nos faz conhecer a nós mesmos mostrando nosso eu, do qual não é possível nos escondermos. É a didática que não permite nenhum tipo de aprisionamento do espírito, o que ocorrendo faz nosso ser ficar pequenino diante de nossas realidades. E elas nos dão alegrias ou depressão, esta precedida de angústia e ansiedade. Se permitirmos, de alguma forma, que algo ou alguém vede esse amplo abraço espiritual que nos devemos, chegado pela inteligência do Messias diante da legítima liberdade de pensar e agir que nos concedeu, teremos a presença forte das cadeias que impossibilitam a grandeza de nossa caminhada plena, que é só nossa.

A inteligência do Cristo consiste em apontar a única forma do homem realizar-se no plano terreno como pessoa no exercício de sua liberdade, e pela fé aspirar a sublimação do ser prometida pelo filho de Deus; viver na glória eterna.

Nessa liberdade de escolha mesmo a nossa vontade ficta deve ser repelida, imaginosa e imaginária, escorregadia no terreno alheio ao que somos, gerando o pântano da desordem espiritual, nos levando ao caos como ser existencial.

Barrar nossos limites que teimamos em não enxergar, pretendendo ser mais do que somos, é necessário para ordenar nosso ser. Precisamos enquanto vivemos, na curta passagem que é um sopro como percebia Santo Agostinho, fazer valer nossos sonhos e nossa liberdade, pois tudo que vive é sagrado e deve ser altar do respeito unânime e sacrário da liberdade inviolável. Realizar tudo que se coaduna com o que somos e aspiramos é missão que não deve ficar vazia, sem o que comprometemos nosso eu na formalização do sentido traçado para o que viemos em nossa brevíssima passagem.

Sem tal posicionamento seríamos um espírito que vagueia em busca de sua razão corpórea irrealizada, mesmo após a passagem para outros espaços no transcendentalismo acreditado pelas razões encontradas na fé, com raízes no racionalismo que passa pelos sentidos e se encontra na reflexão dos homens de boa vontade .

Que o novo, a boa-nova do Cristo que renova, melhore a todos nós para que sejamos sinceros com nossas verdades, com nós mesmos, com nosso mundo imodificável, entendendo que não somos o mundo, mas do mundo, e nossa estatura é do tamanho dado por Cristo e seu Pai, para assim podermos realizar nossos sonhos.

Poderemos então nessa visão de realidade, perceber que não somos mais do que somos mesmo que tentemos ou nos enganemos, mas o que somos devemos ser, fazer e existir e por isso lutar. Sendo o que somos podemos mais, não só por projetarmos a verdade, mas também por deixar acesa a vela da honestidade de conduta social, iluminando o que não vê, o que não se quer ver, e principalmente o que se esconde de si na imaginação que traça as linhas fictícias alimentadas por todas as seqüelas de vontades inatingíveis, fantasias surdas a todos e mudas na fala que não comunica, os doentes do ego, fechados à caridade e ao altruísmo por só verem a sua anã realidade que não transpõe o umbral da mentira, isolados nas sombras do teatro sem espectadores achando que está cheio.

A benção de sermos nós mesmos une a vontade à realidade, construindo o projeto de vida que a nós se destinou pela inteligência do Cristo, fazendo assim do novo mais uma possível felicidade, embora um bem relativo como ensina a simples filosofia, a felicidade de encontrar dentro de nós todas as verdades e assim podendo encontrar a verdade maior, a inteligência do Cristo e, por esse meio a nós mesmos, imagem e semelhança de Deus, a criatura próxima do Criador. Sem sermos nós mesmos não lutamos por nossos sonhos realizáveis dos quais somos legítimos detentores.

Nada seremos além de maltrapilhos fantoches do que aspiramos e pretendemos, deixando de atingir pela liberdade a realidade pela qual não lutamos, perdidos no universo escorregadio da fantasia, da espera que não chega nunca. Sob esse invólucro irreal, necessitamos fugir de nós mesmos de todas as formas sejam quais forem, arrastando vícios e seqüelas de toda sorte na procissão da insegurança que arrasta inocentes e vítimas.

Não foi esse o desígnio do Cristo. Apontou a liberdade e a Lei Moral para que cada um não deixasse fugir seu direito e o exercesse de par com seus legítimos interesses, fazendo-os valer, deles não renunciando, mas também não se imaginando habitante de plano distante de suas faculdades, além de seus dons, esquecendo que não só sua consciência, nosso implacável tribunal, mostra o que somos, mas toda a sociedade em que vivemos, da qual nada pode se subtrair.

Somos nada mais nada menos do que o que somos, e somos muito, somos descendentes do Cristo e de David na ancestralidade que faz de todos um só. E o que somos é o resultado da mais perfeita celebração da natureza, alma e pensamento somados ao pó animado que inala oxigênio, vida, antes do encontro na derradeira subida da montanha, quando realmente desnudos ao vento e dissolvidos seremos também a luz do sol.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/04/2010
Reeditado em 01/04/2010
Código do texto: T2171066
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