Na Livraria
Essa é uma história que foi escrita com o local escolhido como uma livraria mas poderia ser aplicada a todos os lugares que o fim seria o mesmo apenas o caminho iria ser diferente.
Estou em uma livraria, não quero comprar nenhum livro estou apenas matando um pouco de tempo. Quando de repente! Ao meu lado surge um cheiro, um perfume de mulher, porém minha leitura está muito interessante e finjo que não me importo, mas aquele perfume invade meu corpo e toma conta, consome toda minha concentração, fazendo meus olhos correr todas as linhas sem que eu compreenda algo.
Resolvo então, deixar de lado toda essa minha luta e olho para a moça. Que bela moça, pele branca, cabelos escuros e olhos verdes. Uma boca pintada, como um convite a revelar o desconhecido, como uma máscara que implora para ser arrancada mostrando assim sua verdadeira face de pureza e ternura... Viajei.
Volto todas as minhas forças para a crônica que estava lendo, já não sei mais qual parágrafo eu estava e acabo rindo de mim, nisso, a moça sorri. Assusto-me. Será mesmo que pode uma diva dessas ter surgido ao meu lado não por um acaso, mas sim por que ela desejava estar ali? Só há uma forma de se descobrir a verdade! Faço um teste. Vou andando para o lado até encontrar a seção de críticas poéticas, afinal, ninguém gosta disso. Mas ela veio junto!
O que também não quer dizer nada, pois ela pode ser uma estudante de letras e tem que fazer um trabalho sobre o assunto.
Entro no momento crítico, devo tomar uma atitude? Mas qual? E se eu estiver apenas fantasiando tudo isso em minha mente? Por outro lado, qual o risco que corro? Nunca ouvi histórias de moças que tiraram o spray de pimenta e cegaram um rapaz apenas por ele ter dito “oi” a elas.
Dirijo-me até a moça e pergunto:
_Olá, por acaso você é estudante de letras?
Ela responde:
_Sim. Por que a pergunta?
Retiro-me sabendo que mais uma vez minha imaginação me pregou uma peça.