Homem Feminino.

"Na prepotência do macho, a força da mulher"

A mãe dela ficou doente, teve que viajar as pressas. Sem problemas, falei para ir tranquila que de tudo tomaria conta. Se ela, uma mulher consegue por que eu um homem, não faria o mesmo.

No começo foi mesmo, tirei férias, que já estavam vencidas e pensei que como teria que cuidar da casa e das crianças, aproveitaria para descansar.

Fiz uma lista de tudo o que teria que fazer, colocando tudo de maneira organizada, com horários para cada um cumprir.

E foi assim que descobri ser quase impossível manter a casa sem ela.

No dia a dia, no corre corre dos afazeres domésticos tudo parece tão fácil, tão igual, tão comum.

Lavar e estender a roupa, limpar a casa, cozinhar, colocar o lixo, passar a roupa, tudo tão fácil, tão simples.

Saber o que comprar, quando comprar, aonde comprar, comprar, atender o telefone, pagar contas, saber quanto, aonde, para quem pagar, tudo tão fácil.

Café da manhã, um gosta de pão francês fresco, margarina com sal, outro de pão francês sem casca, outra de torradas ou pão tipo americano light, geleia, manteiga sem sal ou pate de atum, frutas, outro ainda, banana amassada, sempre prata, com aveia e papaia, café bem quente com leite sem nata só com adoçante...fácil, muito fácil, facílimo.

Lavar a louça, tem a do café, a do almoço, a do lanche da tarde, a da janta, e a que houver antes de dormir. Fácil demais.

Para o neto, capítulo a parte, pela manhã, acorda cedo, temos que deitar a seu lado para que segure uma de nossas orelhas, tome a mamadeira, nem quente, nem fria, morna, e volte ou não a dormir. Acorda, novamente, lá pelas nove horas, quando então desce para assistir televisão, vir a mesa tomar seu desejum. Adora ovo frito com pão, sem casca, cortado em pedaços. Após, toma banho, sempre em sua banheira, coloca o uniforme, lavado e passado, vê mais televisão até a perua o levar à escola.

Finalmente podemos comer alguma coisa, descansar assistindo um pouco a televisão, enquanto lavamos a louça do café, limpamos a cozinha, a casa, passamos a roupa, etc...até o neto chegar da escola. Tudo tão simples, tão rotineiro.

Socorro!

Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 30/03/2010
Reeditado em 16/01/2012
Código do texto: T2167496
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