PROVOCAÇÕES
Dificilmente alguém passa incólume pela vida no que diz respeito a provocações. Seja qual for a origem e o motivo, uma provocação (justa ou injusta, motivadora ou desmotivadora) pode ter alguns efeitos com a pessoa que está no alvo. Se bem que para alguns não faz a menor diferença.
Uns levam a sério e ficam extremamente preocupados e irritados, outros ponderam muito antes de tomar qualquer atitude e outros ainda as ignoram por completo, seguindo seu caminho, de bem com a vida, como se nada estivesse acontecendo. Qual o melhor posicionamento? Difícil dizer, pois uma situação difere da outra e cada um sabe onde o sapato aperta o calo. Apesar de que, isso também depende muito de quem está provocando.
Assim como é preciso receber os elogios com equilíbrio nas atitudes e nos gestos, viver com destemor sem cair nas provocações do inimigo (muitas vezes oculto), ficando de bico calado perante as situações, vem a ser uma boa receita.
Para tentar explicar melhor o que disse acima vou relembrar um fato ocorrido com o maior jogador de futebol de todos os tempos, o insuperável Pelé, que honrou a camisa do Santos Futebol Clube por tantos anos. Ele sabia usar a inteligência até na hora de revidar uma entrada mais dura sem ser flagrado pelo árbitro. E isso tem que ser feito sempre no momento certo e assim ele o fazia, com a excelência de uma majestade, embora mordido por dentro. Quem, como eu, o conheceu pessoalmente há de compreender melhor o que digo.
Em 1963, pelo Torneio Rio-São Paulo, o Santos enfrentava o Vasco no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. A dupla de zaga vascaína era formada por Brito (que chegou à seleção brasileira tri campeã do mundo em 1970) e o menos votado, Fontana. Com o placar de dois a zero a favor dos cariocas, Fontana gritava em voz alta aos colegas para Pelé ouvir.
— E aí, pessoal, vocês viram um tal de Rei por aí?
Cada vez que a bola era rechaçada pela defesa do Vasco, Fontana gritava.
— E aí, pessoal, cadê o Rei?
Mas a três minutos do final do jogo, em jogadas fulminantes bem ao seu estilo, Pelé marcou dois gols e empatou o jogo. Na saída de campo, com a bola debaixo do braço, ele se aproximou de Fontana e entregou-lhe a bola.
— Toma, dá pra sua mãe. Diz que foi o Pelé que mandou de presente!
Preciso dizer algo mais?
Nota: Com dados fornecidos pelo jornalista esportivo e amigo santista Sérgio Luiz Corrêa.
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Dificilmente alguém passa incólume pela vida no que diz respeito a provocações. Seja qual for a origem e o motivo, uma provocação (justa ou injusta, motivadora ou desmotivadora) pode ter alguns efeitos com a pessoa que está no alvo. Se bem que para alguns não faz a menor diferença.
Uns levam a sério e ficam extremamente preocupados e irritados, outros ponderam muito antes de tomar qualquer atitude e outros ainda as ignoram por completo, seguindo seu caminho, de bem com a vida, como se nada estivesse acontecendo. Qual o melhor posicionamento? Difícil dizer, pois uma situação difere da outra e cada um sabe onde o sapato aperta o calo. Apesar de que, isso também depende muito de quem está provocando.
Assim como é preciso receber os elogios com equilíbrio nas atitudes e nos gestos, viver com destemor sem cair nas provocações do inimigo (muitas vezes oculto), ficando de bico calado perante as situações, vem a ser uma boa receita.
Para tentar explicar melhor o que disse acima vou relembrar um fato ocorrido com o maior jogador de futebol de todos os tempos, o insuperável Pelé, que honrou a camisa do Santos Futebol Clube por tantos anos. Ele sabia usar a inteligência até na hora de revidar uma entrada mais dura sem ser flagrado pelo árbitro. E isso tem que ser feito sempre no momento certo e assim ele o fazia, com a excelência de uma majestade, embora mordido por dentro. Quem, como eu, o conheceu pessoalmente há de compreender melhor o que digo.
Em 1963, pelo Torneio Rio-São Paulo, o Santos enfrentava o Vasco no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. A dupla de zaga vascaína era formada por Brito (que chegou à seleção brasileira tri campeã do mundo em 1970) e o menos votado, Fontana. Com o placar de dois a zero a favor dos cariocas, Fontana gritava em voz alta aos colegas para Pelé ouvir.
— E aí, pessoal, vocês viram um tal de Rei por aí?
Cada vez que a bola era rechaçada pela defesa do Vasco, Fontana gritava.
— E aí, pessoal, cadê o Rei?
Mas a três minutos do final do jogo, em jogadas fulminantes bem ao seu estilo, Pelé marcou dois gols e empatou o jogo. Na saída de campo, com a bola debaixo do braço, ele se aproximou de Fontana e entregou-lhe a bola.
— Toma, dá pra sua mãe. Diz que foi o Pelé que mandou de presente!
Preciso dizer algo mais?
Nota: Com dados fornecidos pelo jornalista esportivo e amigo santista Sérgio Luiz Corrêa.
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