A Pascoa .A tradição das pequeninas coisas!
Os portugueses,espalhados pelo mundo,levando a cruz e a enchada,foram deixando a fé,a saúdade,a tradição, o espirito e a alma, em pedaços reapartida. Com a tradição de sempre passou mais um Domingo de Ramos. Dizem os mais velhos e ainda se mantém,que um ramo de oliveira benzido na missa de Ramos,com a proteção de Santa Barbara nos protegia dos trovões. Ouve tempo que á saída dessa missa parecia uma floresta.Cada qual primava em ter o melhor ramo.Hoge vêm-se uns raminhos...
O que se não vê é á saida da missa como noutros tempos;eramos nós,a garotada correndo ,pedindo a bençam á madrinha entregando um raminho,e, esperando a bondade de uns tostões,acompanhados da bençam da madrinha.Quantas vêzes só esta! Esta tradição não existe mais, e se alguma ainda perdura, é mais sofisticada. Mudam-se os tempos...
Assim como não existe mais a alegria desta pequenada,e alguns graúdos também, caminhado atrás do padre,no Domingo de Pascôa á tarde por essa aldeia fora a cruz, a campainha a anunciar a vizita Pascal,Á chegada, a familia de joelhos beijada a cruz benzida a casa recebida a oferta.Assim era de casa em casa. Os mais miúdos esperavamos na rua,sempre vinham alguns dôces nozes amendôas,e por vêzes algumas moedas tambem.
Os mais velhos convidados para a adega. Aí a conversa era outra, discutia-se o tempo,acompanhado do folar do vinho e de outras iguarias referentes ao dia. E assim ia seguindo de casa em casa de rua em rua essa vivência em que uma vêz por ano,se misturavam ricos e pobres.Nestas aldeias velhinhas no tempo,já não se vive a visita Pascal. Perdeu-se com estas modernices.Com muito sacrifício,ainda se ouve, que aqui e além ainda se faz, nem sempre.
Quem sabe se no Brasil,aonde a presença portuguesa mais se arreigou,nalgum lugarzinho meio esquecido,ainda alguém se lembra?
Resta para todos ,apenas a saudade do tempo que passou,da mocidade que não volta. MAS QUE ERA BONITO ERA!