Meu sobrinho tem seis aninhos e está no primeiro ano fundamental. Está ansioso por aprender a ler. Quando faltava uma semana pro início das aulas, fui visitá-lo. Claudete a faxineira anunciou: "Vinícius tá lá em cima chorando. Diz que não quer ir á escola." Subi depressa as escadas e encontrei-o deitado de bruços na cama. Preocupada perguntei: "Não entendi. Por que não quer ir á escola?". Sem olhar pra mim, respondeu: "Não quero ir porque não sei ler!". Segurei o riso e falei: "Continuo sem entender. O primeiro ano é justamente pra quem não sabe ler! Quando fui para o primeiro ano, também não sabia ler. A professora me ensinou e pronto! Aprendi. Foi fácil!". Vinícius olhou pra mim e pediu: " Tia, me ensina a ler? Quero aprender antes de ir á escola!". Sem querer magoa-lo prometi que daria algumas aulas naquela semana. Ele ficou entusiasmado. Num segundo estava na rua brincando com os coleguinhas, esquecido do seu primeiro drama escolar!
Fizemos alguns joguinhos envolvendo leitura de pavrinhas e identificação de sílabas e percebi que Vinícius estava pré-alfabético que é uma das etapas da alfabetização.
Fomos á praia juntos, a família toda. Quando saíamos da água , Vinícius olhou aquela imensidão de areia molhada na beira da praia, pegou uma conchinha e com a pureza peculiar das crianças disse: "Olha tia, esta praia é como se fosse um imenso papel. Podes me ensinar a ler aqui mesmo!". E abaixando-se começou a riscar letrinhas na areia molhada! Lógico que ficamos um longo tempo brincando de escrever naquele papel de areia que a natureza nos oferecia e que Vinícius tão pequeno e tão sensível soube ver!
Gente, sou apaixonada por ele!
Fizemos alguns joguinhos envolvendo leitura de pavrinhas e identificação de sílabas e percebi que Vinícius estava pré-alfabético que é uma das etapas da alfabetização.
Fomos á praia juntos, a família toda. Quando saíamos da água , Vinícius olhou aquela imensidão de areia molhada na beira da praia, pegou uma conchinha e com a pureza peculiar das crianças disse: "Olha tia, esta praia é como se fosse um imenso papel. Podes me ensinar a ler aqui mesmo!". E abaixando-se começou a riscar letrinhas na areia molhada! Lógico que ficamos um longo tempo brincando de escrever naquele papel de areia que a natureza nos oferecia e que Vinícius tão pequeno e tão sensível soube ver!
Gente, sou apaixonada por ele!