CRIME DE HOMICÍDIO. CONSCIÊNCIA. ARBÍTRIO.

Não há nada sob o céu que aconteça sem causa. Nas paralelas que não se encontram determinadas pelo livre arbítrio, que deu causa ao bem e ao mal, ao famoso maniqueísmo, está também a mão de Deus, pois se tudo que se criou no universo foi por Ele criado, também o foi a árvore da ciência do bem e do mal que fazia parte do todo da criação, e pela qual Deus provou sua criação, determinando Deus que ela, sua criação mais excelente, o homem, ainda inocente, dela se afastasse.

O Absoluto, Deus, deixou a verdade e o caminho apontado, a liberdade de escolha. Impunha-se existir a contrariedade ao que seja o bem embora ele, o bem, seja a meta de todos na vontade do Pai. Mas o bem cessou de ser origem voluntária da criação pela mancha chamada pecado que habita e tem configuração concreta na consciência.

A consciência é o tribunal mais eficiente da conduta do que seria o medo às autoridades externas, pois se dessas se pode fugir o mesmo não se dá com nosso interior, do qual não há possibilidade de fuga, pois faz parte de nós mesmos.

Não há possibilidade justificável, em princípio, para não estarmos todos do lado do bem e da verdadeira razão de sua origem. Mas isso não acontece. Por quê? Pela razão do pastor ter o rebanho agrupado embora muitas ovelhas se desgarrem, isto da mesma forma que um professor ensina a disciplina, mas nem todos aprendem.

A consciência se move para o lado que a personalidade forjada pelo caráter escolhe, da ruína da escolha, do mal, do arbítrio que elege o mal como meta e caminho, nasce o crime.

Não há consciência no rigor semântico do vocábulo - basta conhecer exegese lingüística, forma e raiz - para quem incide “no lado negro da vida humana”, o crime, como definiu um dos maiores penalistas de todos os tempos, o alemão Mezger.

Quem morre para a vida, no homicídio, é a vítima que perdeu seu maior bem, a vida, morrem também, definitivamente e muito, seus entes queridos pela saudade que fica insepulta.

Não morre o ofensor, muito menos se pelo arbítrio elegeu o mal como objetivo, e morre ou morrem muito menos, os criminosos que negam o crime, pois a lógica de tentarem se livrar do ato criminoso assim mostra. Pretendem a liberdade para viverem....não morreram, nem externa nem internamente. Questão de lógica singela, explicada por filosofia incipiente.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/03/2010
Reeditado em 28/03/2010
Código do texto: T2163986
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