Socorro: Meus Filhos estão na Balada!
Conversava com um amigo a respeito de suas saídas adolescentes. Reclamava-me que ao namorar certa garota, que com ela acabou tendo um filho antes dos votos matrimoniais, foram por diversas vezes ¨incomodados¨ pelo pai da jovem durante ¨baladas¨ às quais se entregavam:
- O pai da ¨mina¨ entrava nas festas de pijama! – Dizia.
- Pai tem esse direito. – Completava eu.
- De pijama?
- Até de cuecas, se for o caso.
Fui Fiscal Ambiental e patrulheiro noturno do sossego público em uma metrópole com 1,5 milhão de habitantes durante mais de 4 anos e, do alto do que vi e vivi por aquele período povoado de histórias inesquecíveis, afirmei-lhe convicto:
- Meu amigo, madrugada adentro, um Pai em busca de filhos adolescentes é a maior autoridade deste país. Digo, até do mundo, superior ao Secretário da ONU e até ao Papa!
Por diversas vezes, quando media o potencial de Poluição Sonora de uma festa, era de um lado assediado pelos realizadores em busca de clemência e de outro apoiado por filas de pais do lado de fora:
- Fiscal, pelo amor de Tudo que é Santo, acaba logo com essa festa que a gente quer levar nossos filhos pra casa.
Obviamente, frio aos apelos, seguia os ditames da Lei e, estando o volume nos conformes, restava aos bravos vigilantes do amor paternal aguardarem mais um pouco, enquanto ficavam exultantes quando um volume devia ser reduzido e o evento, por vezes, interrompido devido à transgressão dos artigos e parágrafos limitadores.
Hoje, deixo minhas filhas adolescentes em baladas, volto para casa e enquanto assisto à programação da madrugada, mergulho em sono profundo à espera do chamado telefônico que nos libertará a ambos. Ainda não precisei avançar por entre seguranças maciços, cães de guarda dos portões daquelas efervescentes assembleias juvenis, mas estou sempre pronto e a postos, no resguardo de um interesse ao qual ninguém se contrapõem, nem mesmo o Papa. Meu colega ainda não se conforma com as atitudes do ex-sogro.
- Deixe seu filho chegar à adolescência. – É a minha profecia.
- Não vou estressar. – Responde.
- O tempo te mostrará. – Digo enquanto sorrio, por entre meus olhos marcados por olheiras amanhecidas...
Nossos Livros:
http://www.clubedeautores.com.br/book/16790--O_Homem_que_Nao_Bebia_Cerveja
http://www.clubedeautores.com.br/book/16832--Sou_do_Bem
http://www.clubedeautores.com.br/book/16901--Selecao_de_Preces
Conversava com um amigo a respeito de suas saídas adolescentes. Reclamava-me que ao namorar certa garota, que com ela acabou tendo um filho antes dos votos matrimoniais, foram por diversas vezes ¨incomodados¨ pelo pai da jovem durante ¨baladas¨ às quais se entregavam:
- O pai da ¨mina¨ entrava nas festas de pijama! – Dizia.
- Pai tem esse direito. – Completava eu.
- De pijama?
- Até de cuecas, se for o caso.
Fui Fiscal Ambiental e patrulheiro noturno do sossego público em uma metrópole com 1,5 milhão de habitantes durante mais de 4 anos e, do alto do que vi e vivi por aquele período povoado de histórias inesquecíveis, afirmei-lhe convicto:
- Meu amigo, madrugada adentro, um Pai em busca de filhos adolescentes é a maior autoridade deste país. Digo, até do mundo, superior ao Secretário da ONU e até ao Papa!
Por diversas vezes, quando media o potencial de Poluição Sonora de uma festa, era de um lado assediado pelos realizadores em busca de clemência e de outro apoiado por filas de pais do lado de fora:
- Fiscal, pelo amor de Tudo que é Santo, acaba logo com essa festa que a gente quer levar nossos filhos pra casa.
Obviamente, frio aos apelos, seguia os ditames da Lei e, estando o volume nos conformes, restava aos bravos vigilantes do amor paternal aguardarem mais um pouco, enquanto ficavam exultantes quando um volume devia ser reduzido e o evento, por vezes, interrompido devido à transgressão dos artigos e parágrafos limitadores.
Hoje, deixo minhas filhas adolescentes em baladas, volto para casa e enquanto assisto à programação da madrugada, mergulho em sono profundo à espera do chamado telefônico que nos libertará a ambos. Ainda não precisei avançar por entre seguranças maciços, cães de guarda dos portões daquelas efervescentes assembleias juvenis, mas estou sempre pronto e a postos, no resguardo de um interesse ao qual ninguém se contrapõem, nem mesmo o Papa. Meu colega ainda não se conforma com as atitudes do ex-sogro.
- Deixe seu filho chegar à adolescência. – É a minha profecia.
- Não vou estressar. – Responde.
- O tempo te mostrará. – Digo enquanto sorrio, por entre meus olhos marcados por olheiras amanhecidas...
Nossos Livros:
http://www.clubedeautores.com.br/book/16790--O_Homem_que_Nao_Bebia_Cerveja
http://www.clubedeautores.com.br/book/16832--Sou_do_Bem
http://www.clubedeautores.com.br/book/16901--Selecao_de_Preces