Primeira crônica
Uma experiência... uma inspiração nova... uma brincadeira com letras....
Primeira crônica
Levantei, bati o dedão do pé no criado mudo. Um grito abafado. Um pensamento incerto de que isso não era um bom sinal... Liguei a luz. O relógio mostrava a hora costumeira, então, como costumeiramente dirigi-me até o banheiro e no caminho, ainda por ato costumeiro liguei a televisão. Parei bruscamente... aquele programa não estava compatível com aquele horário. Respirei fundo para oxigenar todas as veias do cérebro e obrigá-lo a trabalhar. Horário de verão! Corri para tentar alcançar o ônibus e ao chegar ao ponto pude vê-lo se afastando, longe o suficiente para vir descontado um dia de trabalho em minha folha de pagamento, porém não tão longe que me privasse da visão de uma criança (se é que se pode chamar assim esses serzinhos cruéis) me acenando o tchau mais irônico da minha existência. Voltei pra casa, aquele era o melhor programa de televisão da manhã.