Quando eu fazia teatro os ensaios eram cheios de expectativas, nervosismo, brigas, medo, etc., mas eram, acima de tudo um momento de aprendizagem e decisão. Esta semana voltei a sentir a sensação de “depois do ensaio”. Não voltei a fazer a teatro. Mas, meu Ensaio Poético, esgotou a primeira edição. E a agora o que fazer? Fazer uma segunda edição? Não sei. Ainda não decidi se farei uma nova tiragem deste livro que me deu tantas alegrias.
Ontem, durante um “Chá de Poesia” promovido pela Escola Nossa Senhora das Vitórias, na cidade de Assú, estive conversando com alunos e professores que estão trabalhando minha obra em sua escola. Confesso que a emoção daquele momento foi indescritível. Nunca imaginei ter meu livro sendo “estudado” numa sala de aula.
A tarde inteira foi de muita emoção e alegria. Caminhar entre os corredores da escola e ouvir meu nome ser acompanhado da frase “olha a autora do livro que estamos lendo”, depois escutar o depoimento dos alunos que vieram falar comigo e, em especial, de Camila – Presidente do Centro Cívico –, que falou em nome dos alunos e deixou-me com olhos nadando de felicidade ao dizer da emoção que sentia ao ler meus poemas, significou mais que um sonho para mim.
Mas, as emoções se intensificariam ao ser descrita por Alan, Professor que coordenou o evento, como (...) um reflexo autêntico da vontade de viver e de ser inteira. Com seus poemas, sempre tão inebriados da graça da palavra, traduz em versos os sentimentos de uma mulher e de todas as mulheres, de um homem e de todos os homens... Ela brinca com as sinestesias, navega em delirantes metáforas e nos faz perceber que a linguagem é uma proposta concreta de alcançarmos o Bem... Toca o âmago da alma para nos fazer entender a cor dos sonhos e a tessitude do que é real e...já! (...)
A Terra dos Poetas foi palco de mais um momento inesquecível proporcionado por este ensaio que, cada vez mais, é um grande festival de emoção em minha vida. Terminado o Ensaio gostaria de agradecer a todos que contribuíram para o sucesso de meu primeiro livro.
Aos que generosamente embelezaram suas orelhas com palavras carregadas de carinho – Dr. Jean Kleber- Professor da UnB, Bernard Gontier – Escritor e Músico Paulista, Tica Soares – Educadora e Cronista Social caraubense, Raimundo Antonio – Escritor e Professor mossoroense, ao poeta e editor da Coleção Mossoroense – Caio Cezar Muniz – que prefaciou a obra e ao Dr. Ailton Siqueira que fez minha apresentação na contracapa do livro.
O agradecimento especial vai para os leitores. Sem eles este momento não aconteceria. Aos recantistas que escreveram textos comentando meu livro, aos amigos que enviaram e-mail’s falando sobre minha poesia, enfim, a quem me leu, meu muito obrigada.
Ao fechar as cortinas ao final deste ato, quero compartilhar com vocês um generoso comentário recebido de um novo amigo escritor: “(...) Eu não tenho autoridade para falar, pois não sou poeta. Mas gosto da poesia desde a infância. Eu não a conheço pessoalmente, mas ousaria dizer que os seus versos são VOCÊ, sua alma, seu encantamento pela vida, seu temperamento sensível, a importância que sabe dar a esse sentimento, a essência de uma vida feliz, que é o Amor. Se não existisse o AMOR a vida não teria graça, não teria sentido. (...) Não só AMOR, excelentemente decantado, mas outros temas foram objeto de sua inspiração e neles senti que você é uma artista, que a poesia flui, genuína e pura, com a fragrância que emana de sua alma dotada por Deus desse dom maravilhoso. (...) Comecei a ler o livro com uma caneta na mão, para assinalar as poesias que me parecessem mais bem construídas, mais belas. Depois desisti. Qual o verso mais perfeito, mais expressivo ou significativo? Em todas encontrei uma alma que se abre para a beleza da paixão com uma poesia de inspiração incomum. Você abre o livro com uma pérola:“Eu não faço poesia,/ apenas deixo que meus sentimentos/se transformem em palavras/e pintem as folhas brancas dos meus dias...” LINDÍSSIMO. E o fecha com uma relíquia, “Hoje te amei...”, onde cada verso é uma jóia nela incrustada, realçando-lhe o encanto. Que beleza de livro! Enriquece a poesia romântica de Mossoró. Parabéns minha querida Ângela, parabéns Mossoró! Não tendo o privilégio de ser um poeta, é o que sei dizer, mas digo-o com coração pleno de felicidade. (...) E um afetuoso abraço”. Obery Rodrigues.
Minha alma, embriagada de poesia, agradece a todos e a cada um e voa em direção ao infinito em busca de espaço para abrigar todo este contentamento. Deus os abençoe.
Quero partilhar com vocês este e-mail que recebi de Raimundo Antônio após a leitura desta crônica:
De: | Raí Lopes (rsouzalopes@hotmail.com) |
Enviada: | domingo, 28 de março de 2010 0:27:55 |
Para: | Ângela Rodrigues de Oliveira (amgel_rn@hotmail.com) |
Ângela,
Antes de mais nada, meus parabéns! Na verdade, nada disso me surpreende - quando se trata de elogios e dividendos a sua pessoa e ao seu trabalho -, pois eu sempre soube (e olha que não sou intuitivo como vocês mulheres) do seu potencial como poeta e escritora. Porém, foi no seu lado melhor, como pessoa, que eu pude enxergar essas qualidades ímpares na pessoa pública que você, passo a passo, está se tornando - e merecidamente. E, me parece, às coisas quando começam a acontecer, não param. Graças a Deus!
Hoje pela manhã recebi uma ligação, justamente, de Obery Rodrigues. E dentre o bate-papo, seu nome foi tocado. Os elogios tecidos a sua pessoa e a poeta/escritora que você é, foram rasgados. Assim como eu, ele é um grande fá de sua obra.
Deus a ilumine sempre. De minha parte, só tenho a agradecer por ter lhe conhecido e por ter me tornado seu amigo (apesar de ser eu, o tipo de amigo que quase nunca visita suas amizades).
Por isso, essa homenagem, pelos alunos da escola de Assú, só vem coroar o maravilhoso livro de poesias que você, brilhantemente, concorreu e ganhou o III Rota Batida da Coleção Mossoroense com o patrocínio da Petrobrás.
Um abraço, fique com Deus.
Raimundo Antonio