APELO
Meu Deus, meu Deus!
Meus olhos e feições estão tristes. Duma tristeza acumulada e esmaecida.
Minha garganta se fecha e sinto vontade de chorar. Mas não quero definir a vontade desse pranto. Não me interessa o motivo ou a explicação.
Meu apelo é só que me sinto dolorosa de um sofrimento que não interessa definir. Interessa é extingui-lo.
Sabe, quando o sofrimento meio sucumbido à distância, desejado que se extinga por si só?
Quando uma dor que não era mais sentida ou esquecida volta à tona e só se sente, mas nem se tem mais a noção do que foi?
É só isso: um apelo.
Se Você pode me aliviar desse sentimento que corrói as minhas raízes mais sadias e ricas e que, se eu não cuidar delas, mesmo em terra boa, eu não abrirei em flores!
Se Você Deus não quiser me ajudar ou tal seja inviável,
, eu peço à Palavra que me ajude a sanar esta questão que é de foro íntimo.
A Palavra é tão forte que talvez consiga. No caso, o APELO vira uma simples reflexão.
Por que sofrer? Doer? Qual a causa disso, que interrompe o bom da gente?
Por causa do SONHO.
Tive um sonho. E sonho é uma coisa muito forte, por incrível que pareça, algo que não é concreto, nasce na área do encantamento, da sensibilidade, da paixão, da razão de viver. Se eu continuar descendo esses degraus pesquisando a questão, a gente vai cair na essência da vida.
Há coisas que fazem a gente viver. Viver mais, melhor ou maior.
E o SONHO tem esta força.