A melhor decisão
Em cima do muro, coluna do meio, indefinido... Detesto me sentir assim e ainda tenho que reconhecer que não estou sozinho nisso (acho que ninguém gosta mesmo de se sentir assim). Porém: vejo ou não vejo mais uma reportagem dos Nardoni? Qual comédia romântica da hora eu vou ver nos canais pagos? Espero uma chance na única sala 3D do Recife para ver assim o Avatar ou assisto ao filme em 2D mesmo? Escrevo ou não escrevo sobre essas bobagens? (esse eu já decidi). Bem, pior é quando se tem que decidir sobre se deve casar ou comprar um flat; se irá sair do emprego pra ganhar menos e viver mais ou continua na rotina atual; se acredita ou não em todas as denúncias da oposição ou puxa um pouco o freio por causa de seus interesses pessoais. Detesto me sentir assim! Certamente este é o sentimento do ignorante. De quem ainda não discerniu o melhor custo-benefício da opção que fizer, e isso, é mais um motivo para o acabrunhamento: a consciência de que se é desconhecedor de temas, alguns cruciais. E haja espera, adiamentos e indecisões...
Certa vez uma psicóloga me disse que estas dúvidas e as preocupações decorrentes delas são, na verdade, uma forma de responsabilidade; de comprometimento. Acreditei no ato. Precisava disso! ...E saí dali com esse “prêmio de consolação”. No mínimo ganharia tempo para pensar sobre a dúvida que me deixara inseguro. (Nem lembro bem qual foi).