TOU COM ANDRÉ, VOU POLEMIZAR
Tou com André, e vou polemizar
Sujeito enigmático era André, fã incondicional de filmes de bang bang, faroestes como diziam meus amiguinhos da meninice, André, Regatiano doente, com seu boné e seu copo de cerveja de um lado e de caninha do outro, sempre, Falando em George Montegomery, Randolf Scott, os Bills and the Kid de duas armas vomitando fogo ao mesmo tempo com perfeita pontaria, acertando o mesmo buraco na testa adversária.
Mas o forte de André ainda era o humor cáustico, salgado como um bom tira gosto.
E estava ele relembrando a piscina baiana onde o Novo Bispo Edir dava sermões comerciais aos seus discípulos, ensinando como conseguir ludibriar os idiotas dos irmãos egoisticamente cegos pela ignorância e poder de morar no céu perto da quadra mais cara por metro quadrado, lugar da morada dos mais santificados astros tais como Moisés, Jesus e etc., entre risadas e exemplos próprios, o Edil Edir maior que ainda não era astro mundial e nem tinha redes de TV nacional e etc., de férias eternas naquele luxuoso lugar, ria-se da ingenuidade humana e dava lições de como administrar e orientar esta ingenuidade em benefício próprio e da dita Igreja. Quando um parceiro que nem sei o nome, revoltado e torcendo pela Universal, desde que parece, todos da família contribuía semanal, mensal e ainda via correio para o engrandecimento financeiro de Deus, citou como vingança, a pedofilia da Igreja Católica culminando em Arapiraca.
Este eterno dilema da Humanidade: Deus versus Deus se desfilou diante dos meus olhos, ouvidos e coração. Qual Deus de qual facção religiosa era o mais ético? Qual Deus era o mais bondoso e qual era pernicioso, malvado etc. uma canseira manos.
Mas André não deixava por menos, em determinado momento citou as proibições absurdas (para leigos e não leigos) da Igreja Católica como uso de camisinhas, anticonceptivos, abortos e células troncos, arrematou: É para que nasçam mais crianças abusáveis.
Bigode, cuja tradição de não se meter em assuntos polêmicos da clientela foi-se fumaçando pelos poros de sua pele tradicional de família católica praticante, e esposa Evangélica praticante.
- “Pere aí pior é a Igreja Fulano de Tal que proíbe tratamento, transfusão de Sangue, outra proíbe até TV e música....”
Verdade manos, cada Deus tem um regulamento e um estatuto, dependendo dos seus seguidores, ou melhor, da cabeça de cada qual, ou do estágio de humanidade espiritual de cada um.
Só me resta a decepção da comprovação
Precisamos mesmo de religião, melhor não seria educação?