Não quero nem pensar...
Muito já falou, escreveu, desenho, pintou, dramatizou sobre o inferno. Muito já se condenou, profetizou, conjecturou... Infernizou enfim, sobre este estado de vida, sobre esse lugar. Claro que, como cristãos, nós nos esquivamos de maiores detalhamentos sobre o indesejável lugar. É lugar comum (e quem não já ouviu) que "o inferno está dentro de cada um". Claro que é uma opinião óbvia, além de reles, já que tudo que pensamos e sentimos é porque está dentro de nossa capacidade de compreender o meio, as circunstâncias e as fantasias em que vivemos.
Concepções filosóficas à parte, uma caricatura interessante do inferno seria um lugar a onde estivessem todas as idéias não declaradas por nossas mentes: aquelas que nossas autocensuras escondem. Imaginem todas elas reunidas num universo palpável com o qual se interaja. O sujeito ali, como “eterno” coadjuvante, passivo ou não deste caos! Trocando experiências com os mais íntimos e originais pensamentos materializados que houveram sido rejeitados por seus imaginadores.
Não quero nem pensar (até porque, se isso que eu não quis pensar foi para lá, coitado dos condenados)!