Caso Isabella
O júri de maior repercussão nacional dos últimos tempos é, sem dúvidas, o que envolve o caso Isabella Nardoni, a menina de cinco anos, brutalmente assassinada por quem deveria protegê-la, segundo indícios apresentados pelos laudos dos peritos criminais. Todas as redes de Televisão do Brasil se voltam para o fórum onde está se realizando o histórico julgamento dos acusados, pai e madrasta. Difícil entender as razões por que um pai chega a esse extremo de loucura, assassinando a própria filha. Situação extremamente delicada para os que fazem parte do corpo de jurados, ouvindo os diversos depoimentos, além de contundentes argumentos da defesa e da acusação, com vistas à absolvição ou condenação dos acusados. A ciência jurídica é de extrema complexidade, ao ter de analisar o comportamento humano, a fim de reprimir os infratores da lei. Nesse caso, atribui a condição de juiz a membros da sociedade para julgar o réu como inocente ou culpado. A depender da condução do processo, do poder de persuasão da acusação e da defesa, os jurados podem cometer injustiça, absolvendo o culpado ou condenando o inocente. A essa altura, só podemos apelar para o Juiz Supremo que os ilumine no sentido de compreender os fatos à luz da razão e não das emoções.