Maldito Despertar

Começo a despertar de meu profundo sono, logo sinto que meu cérebro tenta,novamente, expandir-se além de meu crânio. Ainda sem abrir os olhos reconheço essa dor: devo ter bebido muito ontem. É quando sinto que alguém está deitado ao meu lado, bate aquele medo enorme. Quem será que está ali? Pode ser uma desconhecida, seria estranho, mas com certeza melhor seria do que uma conhecida de longa data! Fico mais apavorado quando penso que pode ser um homem, faço um exercício de concentração e concluo que minha única dor é da minha massa encefálica mesmo. Tranqüilizo-me um pouco. Afinal se for mesmo um homem... deixe pra lá! Começo a tomar coragem, o ser ao meu lado me abraça. Frio na barriga. Minha dor de cabeça se agrava. Juro que se tivesse um revólver estourava meus miolos e resolvia os dois problemas: a dor e o medo.

Resolvo abrir os olhos e quem eu vejo? Ela novamente! Entro em pânico. Juro que precisava ter aquele revólver. Pois não importa o quanto eu beba, sempre acordo ao lado dessa mulher que fui me casar.

Levanto, vou beber mais!

Eduardo Henrique Bindewald
Enviado por Eduardo Henrique Bindewald em 24/03/2010
Código do texto: T2155677
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