O MUNDO PEDE SOCORRO

Às vezes me preocupam as profecias apocalípticas. Com tantas catástrofes naturais acontecendo, tsunamis, terremotos, incêndios, temperaturas elevadíssimas, tempestades devastadoras, degelos, temperaturas baixíssimas e mortes muitas mortes. E os animais, como estão muito mais agressivos? Atacam seus treinadores, devoram quem vêem pela frente. E nós diante de tudo isso, o que temos feito? Tapamos nossos ouvimos, fechamos nossos olhos, calamos nossa boca e omitimos os fatos.

O pior de tudo isso é a triste obsessão que o homem tem de matar seu próprio semelhante. Como isso é deprimente, porém é bíblico e lá na sagrada palavra nos diz que nações se levantaram contra nações, pais contra filhos, filhos contra pais, mães contra filhas, filhas contra mães, e assim está acontecendo. Cada dia mais somos escandalizados com os meios de comunicação que não cessam de nos mostrar as duras penas o que anda acontecendo no mundo.

E as crianças, como têm sofrido? Vítimas indefesas de pedófilos que são lobos em peles de cordeiros: seus pais, seus padrastos, seus tios, seus irmãos mais velhos, seus avôs, seus vizinhos de muitos anos, coronéis, pastores, padres, policiais. Em que vamos confiar? E na palavra de Jeremias capítulo 17,5 nos diz o Senhor: “Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor!” Muitas das vezes esquecemos de nos apoiar e nos abandonar nos braços de Deus e a trajetória não pode ser outra senão fatos cada vez mais perniciosos. A quem devemos então depositar nossa confiança senão Naquele que tudo pode? Nos olvidamos de que somente Ele é o caminho que nos conduzirá pelos muitos caminhos que ainda devemos trilhar neste mundo.

Outro dia quando levava minha sobrinha de quatro anos para a escola, pude notar um carro de uma cidade vizinha onde estava um homem bem trajado e que aparentava uns quarenta anos. Ao fazer o caminho de volta qual não foi minha surpresa? O homem havia parado duas meninas de aproximadamente dez e onze anos, estas debruçadas sobre a janela do carro conversam gentilmente com ele. Comecei a andar mais devagar, como a rua estava cheia de mulheres que levavam seus filhos para a escola, ele nem notou minha curiosidade. Memorizei a placa do carro e sempre olhava para trás. Alguns minutos depois as garotas vieram na minha direção, lhes perguntei o que o homem queria com eles, ao que me disseram que perguntou sobre um endereço. Perguntei-lhes se haviam notado que a placa do veículo era de outra cidade. Prontamente me responderam que não. As alertei sobre o assunto, elas ficaram intrigadas e puseram a me perguntar mil e uma coisas. Apenas falei-lhes se havia alguém em casa e em caso de urgência que chamassem a polícia. Fiquei indignada com aquela cena, e ainda hoje me pergunto “por que o homem não se dirigiu a uma das mulheres que estavam com seus filhos?” “por que ficou parado na porta de uma escola?” “teria ele boas intenções?” Sinceramente não sei, hoje em dia não podemos confiar sequer na própria sombra.

E em minha cabeça minha vinha a palavra do evangelho de Lucas 17,2 “Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.”

Quantos escândalos envolvendo esses pequeninos do Senhor e quantas portas se fechando para a verdade que salva e liberta. Amanhã teremos que ouvir mais uma vez a triste estória de Izabela Nardoni, um anjo de Deus que a quase dois anos foi vítima da maldade reinante no mundo de hoje.

É isso realmente que queremos? Chega de cruzarmos os braços e negarmos que a raça humana se contaminou pelos seus tristes vícios e consumismos. Claro que não podemos condenar e nem julgar ninguém, não sermos carrascos e conduzirmos uma tragédia a outra, o que devemos fazer é pedir para que a humanidade se arrependa de seus atos cruéis e volte seu olhar para o céu, para Aquele que nos pode tirar do lamaçal e que nos trará de volta a vida.

Pagar pelos erros sim, julgar, culpar, condenar e generalizar jamais. Isto não cabe a nós. A justiça humana jamais será igual a divina.

O mundo pede socorro, para que ninguém fique a deriva quando o verdadeiro reino se instalar.

Vania Morais
Enviado por Vania Morais em 21/03/2010
Código do texto: T2151319
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