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Viajei pelo Universo, qual ser alado, buscando os limites do meu alcance espiritual.

Saí num vôo célere, em busca do lenitivo para me perdoar de meus erros passados.

Subi no cume das montanhas e, surpresa, lá encontrei a gravação dos meus projetos de juventude.

Andei por vales, margeando rios e coloquei as mãos no chão molhado, refrescando e limpando os sulcos feios que elas adquiriram no decorrer da minha existência.

Andei descalça na terra virgem e absorvi as energias revigorantes, que através dos pés me subiam pelo corpo.

Banhei meu corpo na chuva torrencial, que lavou os espectros da minha alma doentia e trouxe paz ao meu sofrido coração.

Corri pelos campos verdejantes, revivendo travessuras e, me sentindo criança outra vez, esvaziei a minha mente dos miasmas perturbadores da adultez.

Caí na grama úmida e me senti bebê, na sua primeira tentativa de se firmar nos próprios pés.

Rolei pelos barrancos íngremes dos morros das lembranças e fortaleci meu espírito, na tentativa de escalá-los novamente.

Num vôo etéreo, elevei meu pensamento ao Criador e lá busquei a Luz para iluminar a minha alma.

Voltei, sonhando ainda, renovada e forte, pés firmes, mente aberta, coração em paz para prosseguir minha caminhada terrena.

Giustina
Enviado por Giustina em 20/03/2010
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T2149737
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