Espelho
Quando se quer medir a qualidade da aparência externa, o uso da referência visual através do espelho é essencial para se auto-analisar e fazer os ajustes que se julgar necessário. Tem-se sempre uma aparência que se julga ideal, intimamente ligada à própria personalidade e à preocupação da opinião alheia, de como as pessoas nos verão, com que aparência vamos nos apresentar. Cabelo, roupa, calçados, bijuterias, óculos, detalhes que nos moldam ao crivo da crítica. Tudo para construir a aparência ideal a enfrentar a opinião social, se estamos ou não na moda. Mas, na verdade, é mais uma questão de aceitação pessoal, se pertencemos ou não a determinado grupo.
As pessoas preocupam-se tanto com a aparência externa, com o julgamento alheio, onde o espelho é o medidor visual essencial a equalização das imperfeições externas, que muitas vezes passam-se despercebidos de como se apresentarão por dentro, de mostrarem-se realmente quem são, e não como são.
Existe o espelho que permite que se veja por fora, mas também existe o espelho que se permite enxergar-se por dentro, chama-se consciência. Com este espelho também é possível se enfeitar com alguns detalhes que formarão a aparência interna: amor, fraternidade, honestidade, humildade, perseverança, solidariedade, e tantos outros atributos essenciais. Raramente tal consciência ocorre à maioria, mas nos julgam por fora e por dentro. Por dentro deveria ter prevalência, um peso a mais, mas por fora quase sempre é o principal. Já disseram que tudo é relativo, e é. Depende da valoração dada às coisas. Necessário, pois, aperceber-se que os mesmos olhos que julgam o vestir, também julgam o agir, porém, com filtros diferentes. As reações positivas ou negativas praticamente se externam da mesma maneira, e para que isso seja percebido, dependerá de qual espelho se prioriza, se o de vidro ou o da consciência. É só uma questão de escolha e prioridade, mais nada.
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