Verdadeiro ou falso?
Em um dia desses eu estava conversando com amigos, que são pessoas nada interessadas em futebol, nem BBB ou coisas do gênero, cujo assunto enveredou para as ideias sobre mitos ou verdades de afirmações várias, algumas até levadas à categoria de lendas ou folclore, chegando a passar por assuntos interessantes, principalmente sobre teorias científicas, filosóficas e até religiosas. Muita coisa foi discutida e várias conclusões foram tiradas, suficientes para nos sentirmos satisfeitos com o fato de termos despendido esse tempo de nossa vida em algo produtivo e educativo, ao invés de jogarmos conversa fora em banalidades que não acrescentam nada no nosso intelecto, enquanto o tempo continua a sua jornada implacável e a morte vai ficando cada vez mais perto. A vida nos é outorgada para que possamos cumprir nossa missão de construirmos o mundo ideal para a vivência humana, razão pela qual devemos estar, em todo momento, ligados com a verdade das coisas, a única forma de sermos úteis no cumprimento dessa tarefa, assim garantindo o nosso quinhão dentro dessa empreitada, que está sendo orquestrada pelo mundo espiritual. O que cada um de nós terá a apresentar, após nosso passamento, que faça por merecermos ascensão espiritual? Caso tenhamos mais débitos do que créditos, será que seria possível passarmos com galhardia no julgamento divino, que agora está sendo o último, já que estamos a olhos vistos ultrapassando um período de depuração final?
Dentre os assuntos discutidos, o que mais se destacou foi com relação à afirmação de que nós, os humanos, só utilizamos uma parcela correspondente a dez por cento da capacidade real do cérebro - seria isto verdadeiro ou falso? Vejam que, nos Estados Unidos, essa assertiva apareceu pela primeira vez nos livros de auto-ajuda do escritor Dale Carnegie, mas há quem defenda a tese de que ele baseou-se erradamente em uma citação do psicólogo Willian James, que afirmou que nós utilizamos mal uma fração do potencial do cérebro - seria isto verdadeiro ou falso? Por outro lado, os cientistas constataram que a totalidade do cérebro é necessária para o seu funcionamento normal, o que é demonstrado pelas consequências dos derrames cerebrais ou pequenos danos no cérebro, que se pode detectar pelos sintomas neurológicos, o que, para eles, é prova cabal e suficiente para concluírem que tudo não passa de um mito.
Uma coisa é certa, onde há fumaça há fogo, portanto temos que analisar mais profundamente esse “mito”, mesmo porque alguém levantou essa hipótese, baseado em alguma premissa que a ciência materialista não alcança, ou seja, essa mesma ciência está limitada ao trabalho do cérebro no âmbito exclusivamente físico-funcional, porém o ponto mais importante das funções psíquico-espiritual e sua manifestação no campo da quarta dimensão temporal não encontram respaldo nessa sapiência perneta, porque para ela o mundo do sonen (razão, sentimento e vontade) é igual ao mundo espiritual, ou seja, equivale ao nada. Não podemos ter a certeza de que noventa por cento da potencialidade do cérebro ainda esteja para ser usada, mas uma coisa podemos afirmar: talvez essa porcentagem até seja maior, porque ainda falta o uso normal da telepatia, da comunicação direta com os entes desencarnados, da memória sobre os acontecimentos de vidas passadas, da premonição, e até da força mental no uso da transposição de bens materiais, incluindo-se o próprio corpo físico, por meio da desmaterialização local e a materialização em qualquer outro ponto do planeta.
Podem estar certos de que nada disso é ficção científica, pois deverá ser a pura realidade para os seres iluminados que ganharem a permissão de povoarem o Mundo Ideal da Verdade, Virtude e Beleza, onde a alta espiritualidade dos moradores dará a liberdade para o cérebro expandir-se para além da materialidade do mundo físico, podendo assim exercer as suas funções em todo seu potencial, limitado hoje no nível de baixa espiritualidade, tanto do Planeta Terra quanto da maioria absoluta dos seus habitantes. Não se trata, portanto, de utopia ou de delírios, com certeza, mas apenas da confirmação de que a ciência materialista ainda tem muito a crescer.