LUZES DA CIDADE @&
LUZES DA CIDADE
É uma poesia muda e em preto branco de 1931 onde Charles Chaplim dá tudo de sim como o eterno Carlitos a fim de conquistar o coração de uma florista cega.
Usando o subterfúgio da mímica ele consegue nos emocionar a gente até hoje.
O filme bem que poderia ter sido falado, mas perderia a graça do poema de amor e platônico.
Consegue o milagre de uma doação após frustração em um emprego e a chantagem de uma luta de boxe.
Com os recursos do cinema mudo imortaliza-se, como se fosse possível ser mais imortal do que já era...
O amor fala mais alto quando ele, o Carlitos se via derrotada nas quebradas da vida, lembra da imagem da sua amada até conseguir de um milionário a doação de mil dólares, para não só levantar o despejo da moça como também custear a operação de sua cegueira...
O gesto de “champgnhion” foi o toque das mãos no momento da entrega dos dólares...
A estória segue e ela é operada e boa monta uma floricultura.
Espera um milionário que lhe modificara a vida até confundindo um freguês como seu benfeitor...
Então o mendigo com cravo que ele achara na rua a vê,
paralisa na frente de sua musa. Ela então graceja “encontrei um admirador”, resolve então dar o cravo branco novo no lugar daquele que se despetalara-se e junto uma esmola de um dólar.
No ato da entrega acontece o toque de mãos e ela cega que era ANTES sentiu a sensibilidade de seu beneficiador, o mendigo “milionário”.
Encerra o filme no clima de gratidão...
Goiânia, 19 de março de 2010.