Eu bailo e digo Eureka..- ESCREVO. OBRIGADO A QUEM FEZ VIR.

Eu bailo e digo Eureka..- ESCREVO.

OBRIGADO A QUEM FEZ VIR.

Tou no banho e vem bailar comigo um pensamento, molhado e de toalha ao cinto, ligo o computador apressado e torcendo para que os Megas sejam rápidos. Troco um olhar de cúmplice com o monitor que parece me dizer “aí vem mais bobagens”.

Aí eu escrevo.

Painho aí de cima me perdoe a pretensão de ser escritor, mas sou humano e como tal pretensioso, arrogante, orgulhoso e os etcéteras a mais que compõe a personalidade do ignorante.

Mas a volúpia de escrever o que está guardado na cachola ultrapassa o senso do ridículo, e sentado dedos tensos e impotentes muitas vezes para acompanhar a velocidade absurda do pensamento.

Então começa o baile.

Escrever é o bailar inconsciente uma música sublime e divina que desce de algum outro mundo e decodifica na nossa mente material estreita e analítica, é necessário muito esforço para torna-la legível e compreensível para nossa linguagem mental, que dirá para repassar a outras mentes mais e ou menos igual a nossa. Em síntese escrever em qualquer língua é traduzir a linguagem divina em humana. Eu digo que não escrevo só, eu psicografo.

Se não acreditares que existe Algo sublime, superior, tente escrever, compor, poetar.

Eu estou longe se um ser agraciado sou autodidata, terceiro anista médio incompleto, com um português capenga de quem realmente não é formado em nada. Só em datilografia, e olhe que fiz doutorado em dedografia.

Mas o dançar das palavras, o tema como uma linda rapariga grega numa dança que separa e junta, o tema ora se te foges, ora se te agarra. A Música é o enredo, o fundo, o plano de ação. Ela toca antes de pegares à mão do tema/rapariga/grega. Ficas maluco para bailar.

Enquanto eu subo pelas escadas de Babel buscando o Céu imprudentemente, espero que ao assinar meus escritos esteja honrando e não decepcionando, o ser que me inspirou a dançar esta música.

Obrigado a todos que viram, virão e que fizeram vir.