CRÔNICA DO TICO E DO TECO IMUTADOS
Noite abolharnada de verão. Não conseguia jazer. Nada me fazia narcotizar. Resolvi desembestar sem coberta pelas aléas escuras e paramas. Não vi que de semoto, a Lua me remormava. Sua nitidezalva orbicular dealvava a noite e, de longe, eu lobrigava transuntos que, pela relumbração algente, pareciam abiscoitar existênóia própria. Um farfalhar me assarapantou porque, com ele, algo se catucaroucotucou.
Minha indumenta se gingeu e, no cabriola quase alado, vi dois olhos coscurantes, como dois caga-fogos a me grelar. Verrumei ser uma cuspideira a me mirar. Era um chaminho tetro. Na tentâmem de escalavrar, saí em desabalada azáfama, sem banzar que era apenas um felino. Porque, sendo um felino, bem poderia ser uma suçuarana. Só tenho assesto que não era uma anta. Porque anta, e uma anta samonga nesta estória, sou eu, a penejar tantas frioleiras, a assarapantar os neurônios dos leitores, depois do biguano trabalhão que tive tateando termos abrolhosos, só para tornar a crônica sabavel.
Já que não ficou, prometo que a próxima será melhor penejada. Mas, que deu asselha nos neurônios de muita gente, isso deu! Os meus,pelo menos, já imutaram até de nome: Tico virou Cotí e Teco virou Coté...