INCOMUNICABILIDADE DE MÃES E FILHOS ADULTOS
 
 
Quando são jovens, crianças, a comunicação é perfeita e plena.
É açúcar no mel. São quase um só, mãe e filho.
São confiança total.
Sem barreiras de parte a parte.
 
Mas quando as décadas os distanciam em tempo, mesmo unidos ainda em família, a comunicação vai se alterando em códigos não informados.
 
A mãe vai percebendo mudanças. Pequenas. Nada demais.
A confiança, a união, o amor continuam plenos, ou cada vez mais fortes.

E a mãe, serena, encontra espaço para si mesma. Olha seus horizontes.
Adentra em áreas só suas, de sua índole própria.


 
Escrevendo neste instante me dou conta que, neste espaço é que talvez a mãe não perceba que a comunicação muda entre eles, pois está absorvida também em feitos e conquistas pessoais, novos conhecimentos ou atividades, e o tempo rola sereno como céu sem nuvens.
 
E as décadas vão se somando. O filho a vê como mãe. A mãe o vê como filho.


E quando juntos vão se comunicar sentem uma linguagem restrita.


Resumida. Em poucas palavras dizem tudo.


Apresentam mais são resultados.


“Como vai você?”, “Tudo bem?”, Tá se cuidando?”“. “Alô! Te amo!”




E depois...
 


Depois.