Os meus porquês!

Os meus porquês!

Nas diversas possibilidades do relacionamento humano o porquê, agente-substantivo! Acaba por nos fazer cada vez mais interrogativos e ficamos surpresos quando alguém a quem muito queremos não aparece naquele encontro marcado. Afinal, será que marquei mesmo ou não marquei? Será que o lugar era esse mesmo ou estou enganado? Talvez ela não quisesse aparecer e deu uma desculpa qualquer, tentando livrar-se de mim. Até agora tem sido sempre assim nunca sei quando acentuo.

O porquê tenho sido durante todo esse tempo acentuado? Junto e acentuado, determinando a necessidade do perguntar, do ser, as várias questões que se a mim interpõe, por isso, vem logo no início da frase e separado, como se quisesse mostrar a grande importância da pergunta que faço e para quem deseja saber alguma coisa. Por que ela não veio ? É o cuidado que todos devem ter com tudo que está à sua volta ou em tudo que pergunta. Ela não veio por quê? Mesmo no final acentua a sua importância em saber o que aconteceu e fica aí para trás um pouco daquele substantivo acentuado. Porque não pode, respondendo e junto não acentuado, o porquê revela atenção em explicar o que lhe é perguntado. Faz-se de todo solícito daí o porquê separa-se sem acento: ela não veio por que estava doente. Faz-nos refletir que no meio está o equilíbrio, a causa de todos os nossos porquês.

Agora me sinto mais integrado aos porquês da minha vida e não êxito em saber. Por que existo? E se penso porque existo é justamente por que penso! Ah! ... Por quê? Porque acredito que ela existe também e sente alguma coisinha por mim. Afinal ela chegou e os meus porquês juntaram-se aos dela.

JPonto