APENAS  DIVAGANDO...

 
O poeta fala de amor, de dor, de desilusão.
Fala de alegria, de felicidade.

Este é o seu universo. Esta é a sua vida.
Este é o seu ofício - sagrado!

Contudo, nem sempre, ele se espelha  em si próprio,
em sua história de vida,
para compor as suas poesias.
São apenas vôos de sua imaginação, fruto da inspiração
que brota de sua alma de poeta.
Ou – como costuma dizer a escritora e amiga Zélia Freire – “São apenas Alfaces”. Ou... delírios!

 Quando sento-me aqui para escrever algo,
já não sou eu mesma.
Deixo fluir a veia poética que – boa, regular,
ou péssima – nasceu comigo.
Pois isto, não se aprende nas escolas.
O poeta não se faz – nasce!

Por vezes, em momentos de fragilidade,
mágoas e desgostos, escrevemos sobre nossa
própria vivência sim, como não!
Mas é tão perceptível que não deixa
nenhuma dúvida quanto à mensagem
que queremos passar. 
A escrita é livre, assim como livre é
a inspiração do poeta.
Não há razões
para que a poesia flua,
como raios de sol no horizonte.
O sol, único em sua essência, surge, brilhante, 
 e poderoso, iluminando a todos, como a poesia. 
Desnecessário seria,  justificar:

 
- Não estou apaixonada, nem sofrendo por ninguém;
meu coração é tranqüilo,
assim como as minhas querências.
Eu não procuro pelo amor,
pois ele próprio já me encontrou.
Assim é e assim será.