QUANDO NÃO É O QUE LHE PARECE
 
 



E chegou alguém e disse: dona fulana é uma mulher tão virtuosa!  Essa é a imagem que se tem de uma pessoa amável, dócil , cordata, capaz de renúncia e sempre disposta a servir os outros. Mas não é bem assim. A palavra virtude  do latim vir , designa o homem, o varão, advindo daí o adjetivo viril, significa na verdade poder, força, capacidade. Assim sendo, o virtuoso não é frágil ou servil, muito pelo contrário, tem capacidade de ação e potência. Kant deixou dito que a “virtude é a força de resolução que o homem revela na realização do seu dever”.

 
É dito pelo professor Reimberto, que a virtude, como disposição para querer o bem, supõe a coragem de assumir os valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação. Por isso a noção de virtude não se restringe a um ato moral apenas, mas na repetição e continuidade do agir moral.
 
Finalmente, quando Aristóteles afirmou que “uma só andorinha não faz verão”, queria dizer que a virtude não se resume ao ato ocasional e fortuito, mas resulta de um hábito.
 
E ainda com Aristóteles na cabeça, volto ao pensatório, não para medir pulo de pulga, mas para pensar, afinal, o pensar é a principal característica humana, e se o pensar é uma atividade da alma segundo a razão é por ai que a gente encontra a felicidade. Assim falou Aristóteles.
 
Pensemos todos.
 
 
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 16/03/2010
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T2141058
Classificação de conteúdo: seguro