DE NOVO!

DE NOVO!

A cada ano que chega, outro que se vai, mais do que a idade cronológica lógico que estou neste planeta, não sou lunático, nem sempre, mais do que isto ou aquilo que repito sempre, sempre penso na cidade, na complexidade, no meu sistema consumista me consumindo sumindo com minha imaginação, indo embora, permaneça!.

De que sou feito, não pergunto. Absorvendo este espetáculo natural sendo invadido, vendo e não acreditando em nada do que estou vendo, alugo, empresto, fazendo (a) qualquer negócio.

Vendo, empresto, alugo todo o mundo, conhecido ou não, importunando ou não, me importando, exportando minha matéria-prima, primeira sensação de alívio, de ainda estar vivo, vivo assim, aqui e ali, lá e acolá, empresto vírgulas para mim mesmo me interromper, quase atropelo o guarda de trânsito da gramática transitar livremente, livre mente, não, mente, palavras como (qualquer) outras palavras, sem significado se ninguém entende, nem eu, destas palavras neste espaço democrático me despeço, emudeço, desço, levo este recado para o outro lado, do muro (the wall), das lamentações, de Berlim, do vizinho, separado, casado, divorciado de mim mesmo, não me oficializo. Finalizo. Muralha da China. Concreto, não existo.

Ainda mais: Absorvo. Cada passo que dou. Cambalhotas. Piruetas. Absolvo minha incapacidade de voar por aí, céu azul, nuvens brancas de lã, lá alto demais para meus pequenos pés, descalços nas ruas de terra, rotina humana, prestes a transfigurar, partir.

Absorvendo nada, quase cego, mecânico, o membro, a colheita, todo o plantio de atividades que estão proliferando na nossa terra, planeta água, jogados fora, POR NADA, TUDO INTERESSE!

NADA ENTENDENDO, INVENTO QUASE-RIMAS PARA ME DISTRAIR – IR EMBORA – PERMANEÇA!.

JÁ FUI!

DE NOVO!

NADA DO QUE PENSO É. ERA. SERÁ? ME DESPEÇO COM AS MESMAS PALAVRAS QUE INICIEI, SE É QUE O CONSEGUI.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 15/03/2010
Código do texto: T2140325
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