SAMUEL DUARTE, SEMINÁRIO E ACADEMIA
Samuel Vital Duarte, ao agradecer sua escolaridade, disciplina e valores norteadores da sua vida, definiu sua formação intelectual: “Devo minha educação moral e os incentivos para o estudo ao Seminário Arquidiocesano da Paraíba”. Criado por Dom Adauto, consagrou-se como escola de excelência, hoje com 116 anos de fecunda existência. À parte quem, por fútil invídia, discrimina essa educação privilegiada, destacam-se homens, como escreve Luiz Crispim, de “espírito erudito e bem formado”, preparados para altos postos, realizando suas vidas profissionais do mais rico quilate. Notáveis professores, filósofos, educadores, escritores, cidadãos que, chamados às mais altas funções públicas ou privadas, comprovam seus talentos com competência.
A Academia Paraibana de Letras testemunha, desde sua origem, ilustres paraibanos, que, como Samuel Duarte, demonstraram essa formação na augusta APL. Palavras de um deles, Francisco Pereira Nóbrega, quando empossado na cadeira de nº 33 de Castro Pinto e Samuel, cuja vaga ocupo com muita honra: “No Seminário, escola de artífices da palavra, à clareza se acrescia a precisão dos meios. Para que se aprendesse a dizer a palavra plena, o silêncio se tornou, por contradição, o habitat da palavra. E, no silêncio, o Seminário ensinava a fechar os olhos para ver mais.” Catulo vai além: “Quando alguém quer ver no mundo o que é profundo, fecha os olhos para ver.”
Samuel, depois de estudar no Seminário, enveredou pela “sociologia política, por filósofos franceses, espanhóis como Ortega y Gasset, Maria Zambrano e por brasileiros, como Oliveira Lima, Oliveira Viana, Gilberto Freyre e Alceu Amoroso Lima. Intelectual típico dos anos trinta”, diz José Octávio de Arruda Mello. O notável paraibano manifestou seu interesse pela política quando orador dos concluintes do curso de direito na Faculdade de Recife: “Somos uma força que tanto pode ficar paralisada no tédio das profissões medíocres, como, por exceção, subir a esses cimos do poder aonde a popularidade, inconstante como um capricho, conduz os seus risonhos preferidos”. Em vida, Samuel foi o intelectual que sempre desejou mais ser político. Ironizava esse desencontro do destino, a distância entre a vida que nós sonhamos e a vida como ela é. Porque as sementes, levadas pelos pássaros, não caem no berço dos seus frutos, nem à sombra das suas árvores, mas distantes de onde esperavam ser semeadas, germinar e crescer.
Samuel Vital Duarte, ao agradecer sua escolaridade, disciplina e valores norteadores da sua vida, definiu sua formação intelectual: “Devo minha educação moral e os incentivos para o estudo ao Seminário Arquidiocesano da Paraíba”. Criado por Dom Adauto, consagrou-se como escola de excelência, hoje com 116 anos de fecunda existência. À parte quem, por fútil invídia, discrimina essa educação privilegiada, destacam-se homens, como escreve Luiz Crispim, de “espírito erudito e bem formado”, preparados para altos postos, realizando suas vidas profissionais do mais rico quilate. Notáveis professores, filósofos, educadores, escritores, cidadãos que, chamados às mais altas funções públicas ou privadas, comprovam seus talentos com competência.
A Academia Paraibana de Letras testemunha, desde sua origem, ilustres paraibanos, que, como Samuel Duarte, demonstraram essa formação na augusta APL. Palavras de um deles, Francisco Pereira Nóbrega, quando empossado na cadeira de nº 33 de Castro Pinto e Samuel, cuja vaga ocupo com muita honra: “No Seminário, escola de artífices da palavra, à clareza se acrescia a precisão dos meios. Para que se aprendesse a dizer a palavra plena, o silêncio se tornou, por contradição, o habitat da palavra. E, no silêncio, o Seminário ensinava a fechar os olhos para ver mais.” Catulo vai além: “Quando alguém quer ver no mundo o que é profundo, fecha os olhos para ver.”
Samuel, depois de estudar no Seminário, enveredou pela “sociologia política, por filósofos franceses, espanhóis como Ortega y Gasset, Maria Zambrano e por brasileiros, como Oliveira Lima, Oliveira Viana, Gilberto Freyre e Alceu Amoroso Lima. Intelectual típico dos anos trinta”, diz José Octávio de Arruda Mello. O notável paraibano manifestou seu interesse pela política quando orador dos concluintes do curso de direito na Faculdade de Recife: “Somos uma força que tanto pode ficar paralisada no tédio das profissões medíocres, como, por exceção, subir a esses cimos do poder aonde a popularidade, inconstante como um capricho, conduz os seus risonhos preferidos”. Em vida, Samuel foi o intelectual que sempre desejou mais ser político. Ironizava esse desencontro do destino, a distância entre a vida que nós sonhamos e a vida como ela é. Porque as sementes, levadas pelos pássaros, não caem no berço dos seus frutos, nem à sombra das suas árvores, mas distantes de onde esperavam ser semeadas, germinar e crescer.