E QUEM CONSEGUE ACERTAR SEMPRE?
 
 
Sempre procurei fazer tudo certo, desde que me entendo por adulta. Na minha vida pessoal, profissional e até amorosa. Sempre primei pelos acertos e não os erros. Mas, quando se é humano – como todos – errar é tão comum que, por vezes, nem percebemos. E dá-lhe um erro atrás do outro. Eita!
 
Foi assim quando escolhi a minha profissão. Tinha apenas vinte anos, ninguém que me orientasse e, ao invés de cursar Letras, mesmo tendo passado no vestibular da USP – que, vamos combinar - era bem mais fácil naquela época, escolhi cursar Psicologia, pois  havia conquistado uma vaga para esse curso, em outra Universidade.
 
Nunca quis me casar, sempre fui muito livre, voei com minhas próprias asas; jamais me imaginei, vivendo sob o mesmo teto com o mesmo homem,  por vários anos. Resultado: estou casada, com o mesmo homem, vivendo sob o mesmo teto, dormindo na mesma cama há quase trinta anos. Vai entender!
 
Já dizia minha mãe – com a qual pouco convivi,  pois eu tinha apenas treze anos quando ela nos deixou, porém guardo seus sábios conselhos até hoje – “Quem quer acertar sempre, acaba dando com os burros n’água...”
 
Eu acho que os “meus burros” até já se afogaram com tantos erros cometidos, em nome dos acertos. E, quem não quer acertar sempre? Mas, convenhamos que não é possível.

Limitemo-nos, pois, a agirmos corretamente, como determina a ética e os bons costumes e, caso caiamos em contradições, não há do que se lamentar.
Faz parte do jogo da vida!


 
Este texto faz parte do Exercício Criativo
“EU SÓ QUERIA ACERTAR”
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