AMOR.....TEMPO E ESPAÇO.
O amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração.
E o amor tornado sensível ocupa o espaço e o tempo, é sentido, mas não é explicado, como o surgimento da vida e a formação do pensamento, desafiando nossa limitada inteligência.
Em contradição, inexplicavelmente, sabe-se, é a maior força existente, comanda e move toda a natureza.
Como sonho sonhado, mirífico, todos os grandes cérebros tentam arguí-lo, o amor, entendê-lo como forma. Vã pretensão, seria a vã glória, e vangloriar-se de tanto seria subir como espiral em fumaça ao que transcende.
A matéria integra o amor e dela se ausenta em forma. A matéria pode e deve ser eterna por ser a tranqüila possibilidade de futuras formas, como o amor se apropria do espírito, do pensamento, e é eterno, caminham juntos em segmentos diferentes destinados ao infinito.
Da mesma maneira que a matéria absorve mal a força modeladora buscando a forma, o sentimento assim procede em relação ao amor. Trata-se de equação irrespondível.
A alma é imortal, sendo imaterial, e tudo que é imaterial é imortal, como o amor. A alma, o amor, são imortais por serem imateriais. Não pertencem a este mundo como pertence a matéria, eterna em transformação, mas assim contida.
O amor, etéreo, em suas várias expressões, é como a caridade, em espécie:,
“Se eu falar a língua dos homens e dos anjos e não tiver caridade(...) e se eu tiver o dom da profecia e conhecer todos os mistérios (.....) e se tiver toda a fé (....) e não tiver caridade, não sou nada”. Carta aos Coríntios, São Paulo.
Digamos, de nada valerá, como expressão de amor.
Assim chega-se ao objeto metafísico, imaterial, espiritual, enfim, imortal, o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração.