O PENSAMENTO (O SIM e o NÃO)
Maior semelhança entre os seres humanos, ele é a causa primeira de cada realidade, e o seu poder é tão forte que é capaz de promover metamorfoses e revolucionar o ciclo das atividades de raças, povos, tribos ou nações. Que o diga em suas entrelinhas a famosa e conhecida “Revolução Copernicana” assim chamada após o sábio Copérnico provar cientificamente que não era o sol que se movimentava ao redor da terra, muito pelo contrário, erradicando assim as teorias vigentes em sua época.
O pensamento é o centro polarizador e irradiador de onde emergem toda sorte de resoluções palpáveis ou não, sopesadas por denominadores comuns determinantes - quando decorrentes de uma coletividade qualquer - o qual, mediante a miscigenação das vertentes intelectivas de cada componente estabelece um ou mais propósitos previamente discutidos.
Não se pode ocultar de ninguém, que, tanto o bem quanto o mal tem o seu nascedouro na fonte original que é o pensamento, e num grupo considerado, o bem ou mal maior resulta do somatório de todos os pensamentos reunidos.
Portanto, há belos e bons pensamentos como há os pensamentos produtores do mal em sua incansável batalha contra o bem até exteriormente ao ambiente sensível, lembrando aqui a reflexão escrita da soberana palavra: “A nossa luta não é nem contra a carne nem contra o sangue, e sim contra as potestades do mal nas regiões celestes”
Sem o sabermos ou mesmo sabendo, como diria aquele saudoso professor de Psicologia da Personalidade: “Todo homem é egocêntrico, i.e, egoísta, voltando-se primeiro do que tudo, para si mesmo: tudo o que faz visa primordialmente seus principais e particulares interesses.
A Bíblia menciona claramente este fato ao declarar enfaticamente que: “não há na terra nenhum justo, nenhum sequer” e mais adiante salienta que: “Todo homem é mentiroso” E na nossa modesta opinião todas as mentiras têm uma única dimensão: a dimensão da mentira, i.e, inexistem “mentirinha” e “mentirão”
Assim, não temos como fugir desse ciclo vicioso: vivemos mentindo o tempo todo, ainda que, o homem natural de ‘bons costumes” exerça uma tremenda força para não fazer o mal ao seu próximo através de uma mentira que ele mesmo considera maior do que as outras desde o começo do dia.
Um exemplo dessa circularidade, é que mentimos até mesmo quando elogiamos ou deixamos de elogiar, como se não bastassem os exageros observados tanto numa face quanto em outra face.
Tais exageros são os que desviam a realidade para a ficção, sejam eles ora voltados para o bem, ou inclinados para o mal.
O pensamento, sob o cenário já comentado, faz do homem um ser permanentemente contraditório, em conflito consigo mesmo, ora professando o bem, ora produzindo o mal. Isso nos faz lembrar do que disse o apóstolo Paulo, sendo ele um dos maiores senão o maior seguidor dos passos de Jesus: “o bem que quero e posso fazer e deveria fazer, não faço”
Conduzido para o campo da singularidade, concordamos com aquela expressão que diz: “cada cabeça é uma sentença”
Assim, é válido arrazoar que do pensamento decorrerem as duas vias inerentes aos fatos existenciais da vida humana, entre outras, como: o sim e o não, o agravo e o desagravo, o positivo e o negativo, a vaia e o aplauso, os sentimentos contraditórios: o amor e o ódio, como disse uma vez aquele orador improvisado: “a mão que afaga é a mesma que apedreja”
Sinceramente, não sei como sair desse embróglio, senão humilhar-me diante do pensamento maior, reconhecendo tão somente a graça e o perdão pela misericórdia do nosso Criador e Senhor.
E para concluir lembro o recado da palavra: “seja pois, o vosso falar: sim, sim, não, não, porque o que passar disso é de procedência maligna”, nada obstante, na prática, existem aqueles e são muitos, que fugindo do sim e do não, permanecem sentados como “Arquibaldos” nas arquibancadas ou como “Geraldinos” na Geral de um Estádio qualquer, Isto é, “nem são contra nem são a favor, muito pelo contrário”
Sim ou Não? Eis a questão!