MELHOR SERIA SIMPLESMENTE MARIA

Anos atrás, foi se empregar em casa de mamãe uma moça que se chamava Dáguia. Não tinha documentos, a certidão de nascimento estava num cartório lá no interior da Bahia... Como tinha sido apresentada por alguém de confiança, começou a trabalhar assim mesmo e ficou morando conosco.

Foi difícil para todo mundo aprender aquele nome tão esquisito, ninguém falava direito. Ora a chamávamos de Dalva, ora de Dágua... e ela sempre corrigia: é Dáguia!

Um dia veio sua tia toda contente, a certidão demorou, mas chegou pelo correio. Mamãe abriu o envelope e quase teve um ataque. Fez força para conter o riso. Depois que a tia foi embora e a moça se recolheu, ela nos mostrou o documento. Mas antes relatou as explicações que a tia lhe dera sobre a devoção da família àquela Nossa Senhora que guiaria os passos da menina.

Seu verdadeiro nome era... Maria da Guia!