CARLITOS
CARLITOS .
Na festa de lançamento da revista da STILE 14, o público foi surpreendido com uma apresentação cênica de Charles Chaplim. O ator cujo nome não me lembro deu um show de interpretação. Já na entrada acompanhado da música de Vendedora de Violeta e trazendo um buquê de cravos vermelhos generosos em uma haste alongada aumentando assim o charme esbelto daquela linda planta. Com mímicas os presentes foram-se calando e absorvendo cada passo do espetáculo.
Eu me levantei do sofá que estava para melhor absorver as emoções.
Na primeira parada que o personagem fez, imitando um choro, confesso também deixei cair uma lágrima. A cada gesto seu a minha emoção evolui e minhas lágrimas aumentam, talvez reminiscências da infância quando em pequeno cinema montado na praça Bom Jesus, em Anápolis. (Rapidamente percebi que foi dali que eu comecei a gostar da beleza da Sétima Arte, bela em preto e branco e mudo). O acompanhamento do som, feito por um músico (também ele era o bilheteiro, operador, faxineiro, comentarista, critico e etc. ) no órgão levantava a moral do espetáculo.
Derrepente em gestos espaçados, imitando o Carlitos com perfeição, trouxe de volta em minha mente vários sucessos de então, O Garoto, Vendedora de Violetas, o Operário de Tempos Modernos, O Vagabundo, um rosário de sucessos e outro rosário de lágrimas em meus olhos.
De momento em momento ele declarava amor em mímica toda recortado de gestos lentos e entregava um cravo para uma mulher, gesto simples repetido muitas vezes...
Homem não chora, mas quando a beleza ultrapassa o limite da alma, não é pecado chorar.
Parabéns CARLITOS, você me pegou de jeito.
Goiânia, 10 de MARÇO de 2010.