MULHERES X HOMENS? NUNCA!!!
Em minha homenagem a todas nós, mulheres, neste 08/03/10, quero fazer referência, em primeiro lugar, a dois homens que, com sensibilidade, fizeram ou tomaram decisões que valorizaram o sexo feminino através da História. Na figura de dois gaúchos proeminentes.
O gaúcho sempre teve fama de machista. Mas a História prova que isto é um estígma, criado pela lida dura que o imigrante enfrentou, desbravando matos ou na lida do campo com o gado. E em toda a História do Rio Grande do Sul, o gaúcho contou sempre com a ajuda da mulher no árduo trabalho da lavoura e na criação dos inúmeros filhos, comum às famílias da época. E são exatamente dois gaúchos que destaco aqui, neste dia.
Getúlio Dorneles Vargas, Presidente brasileiro de 1930 a 1954. Com ele, a mulher teve sua primeira participação política através do voto, instituído em 1932. Vargas, o Presidente baixinho em tamanho físico, que tinha predileção pela bombacha, teve a visão da importância e da necessidade da participação da mulher nas decisões do País.
Leonel de Moura Brizola. Um homem íntegro, exilado pela Ditadura Militar, era grande defensor da participação da mulher ao lado do homem público. A maior prova foi Neuza Goulart Brizola, sua esposa. A vida de D.Neuza com Brizola, principalmente quando ele mais precisou, foi marcada pela garra, pela coragem, pelo companheirismo e fidelidade. Foi considerada a nossa "Ana Terra da modernidade". Aquela silhueta delicada e enérgica (lembra muito D.Risoleta, esposa de Tancredo Neves), aquele coração de esposa e mãe expressou o valor tradicional da mulher gaúcha, tantas vezes posta à prova nas lutas cívicas do Rio Grande.
A luta feminina por um lugar ao sol vem, num crescendo, acontecendo em todas as esferas da atividade humana. Hoje, cumprindo o que se denominou de "três turnos", a mulher mostra toda a sua força racional, emocional e física. Ser mãe, atender as exigências do lar e trabalhar fora, não é tarefa fácil. E a mulher consegue! Por iniciativa e mérito próprios. Como os antigos imigrantes que se embrenhavam no mato para abrir plantios, a mulher foi desbravando caminhos nem sempre fáceis. As vezes com a oposição do marido, muitas vezes sendo vítima do mesmo. Muitas vezes solitária, sendo pai e mãe de um lar desfeito pela violência, ela não esmoreceu. E, hoje, ocupa até mesmo profissões que eram exclusivas do homem.
Começamos como professoras, única profissão "permitida" nos idos antigos. Hoje temos médicas, engenheiras, policiais, taxistas, promotoras, juízas, pedreiras, astronautas, legisladoras, governadoras, presidentes (as) em vários países (ainda falta o Brasil... ai, Dilma!!!). Tudo por mérito próprio. E o mais importante: a mulher não está tomando o lugar "de homem". Não está se masculinizando. Ela está fazendo o seu papel de direito, na sociedade, sem perder a sensibilidade, sem deixar de ser feminina.
Tomara que um dia possam abolir esse "Dia Internacional da Mulher", que é típico das minorias e dos discriminados (tem Dia do Homem, por acaso?). Porque todos os dias , na atualidade mais do que nunca, são DIAS DA MULHER.
Para quem gosta, recomendo aquela música do Erasmo Carlos que diz: "Dizem que a mulher é o sexo frágil/ Mas que mentira absurda...".
Viva nós! E viva para todos os homens de sensibilidade, que incentivam e apoiam suas mulheres na luta por uma vida mais humana! Onde homens e mulheres caminhem lado a lado, para fazer deste Planeta um lugar melhor de se viver.
LUZ e PAZ!