Lula, o homem do "casco duro"...
Lula, o homem do "casco duro".
Lula devia ser um homem contente com a imprensa e a franca militância das redações de jornais, revistas, rádios e televisões em seu favor.
Mas, não é. Não lhe basta favorecimento. Quer rendição genuflexa. Diz que tem o "casco duro". Bem...
...Já havia muita ouvido alguém dizer: " tenho o couro duro!". Mas, "tenho o casco duro!", ainda não. Mas, no caso de Lula, se pode esperar todo tipo de exaspero verbal, e a tal frase é só mais um deles, sem embargo da sugestão implicada no termo - algo parecido com o que resulta daquilo que disse Dilma no programa "Superpop", apresentado pela estonteante Luciana Gimenez, a respeito de comida caseira: "...Ah, tem que ter muito verde!".
Falando a respeito do que diz ser os prodígios de seu governo, Lula reclamou que a imprensa não noticia obras, preferindo as desgraças. Algo há ver com o mais recente escândalo de seu governo (espero que seja, enquanto escrevo estas linhas...), saber a "Operação Bancoop", que empobreceu e lesou tantas famílias paulistanas para que dinheiro enriquecesse a nomenklatura dos sindicalistas do PT e, fosse, em parte, colocado na sua máquina eleitoral, em 1982?
Mas, o que quer Lula que a imprensa faça? Que execute obras do famigerado PAC, para o governo federal?
Foram anunciados pelo seu governo, até agora, a suposta injeção de quase setecentos bilhões em investimentos dentro do PAC. Mas, de acordo com as informações do SIAFI - isto é, do próprio governo federal, somete 27% do recurso orçamentário envolvido virou pagamento de fatura.
Ele está pedindo da imprensa, portanto, o impossível - ou quase: elogiar o invisível, o que não existe, o que não se concretizou.
+ gastos correntes significam sempre - investimentos. Ou seja, quanto mais petistas à bordo do governo federal ( e note, leitor amigo, que, a contratação de um ASPONE implica em mais gasto com cafezinho, telefone, fax, internet, transporte, diárias, etc., porque um sujeito à toa acaba inventando coisas - e despesas), menos investimentos públicos em infra-estrutura (isto é, prédios de escolas, rodovias, portos aeroportos, etc.), ou seja, obras em execução. Simples assim.
O lero-lero do PAC, do ponto de vista orçamentário e financeiro, tenho dito aqui, funciona assim: a União e um ente federado, estado ou município, assinam um convênio para repasse e recursos (com contrapartida, isto é, participação com recursos financeiros do tal ente federado, entre entre 10 e 20% no mês de janeiro, por exemplo.
Mas, o governo só repassa dinheiro - uma ou talvez duas das doze parcelas, findando o ano. O resto vai para a conta orçamentária denominada "Restos a Pagar". No outro ano, o governo federal repassa ao parceiro, mais uma ou duas parcelas. E o resto - o do ano passado e o valor do exercício, tem o mesmo destino. Assim, sem mais nem menos.
O resultado só poderia ser o que se verificou.
Como o mandato de Lula se aproxima do fim, momento em que os eleitores vão dar uma olhada em sua linha de tempo, ele arrocha a imprensa "a favor", querendo mais do simpatia explícita e fantasia, exigindo que ela passe a mentir em seu favor.
Mas, sabemos...
...Não falta quem tope!